A delegada Mellina Isabel Silva Clemente, responsável pela apuração do rompimento da barragem da mineradora Herculano, em Itabirito, Região Central de Minas, começou a ouvir testemunhas. Nesta sexta-feira, parentes das vítimas e funcionários prestaram depoimento. Na segunda-feira, ex-funcionários, uma engenheira da empresa e dois sobreviventes da tragédia, que deixou dois mortos e um desaparecido, devem ser ouvidos.
Segundo a Polícia Civil, o teor dos depoimentos não serão divulgados para não atrapalhar nas investigações. Peritos de Itabirito foram na empresa nessa quinta-feira para colher dados que possam ajudar nas investigações. Uma equipe de Belo Horizonte será deslocada para a mineradora na segunda-feira para fazer trabalhos técnicos.
No mesmo dia, estão previstos novos depoimentos. O número total de pessoas que serão ouvidas não foi repassado pela delegada.
Trabalho dos bombeiros
Nesta sexta-feira, continuam as buscas pelo operador de retroescavadeira Adilson Aparecido Batista, de 44 anos, desaparecido desde quarta-feira, quando ocorreu o rompimento da barragem. A procura pela vítima recomeçou às 6h com 20 bombeiros, helicóptero e cães farejadores. Duas retroescavadeiras são usadas para ajudar na retirada de lama, bem perto da máquina onde estava o funcionário da empresa no momento do acidente. Militares também estão vasculhando onde acredita que possa estar Adilson.
Tremor
O rompimento da barragem da Mineradora Herculano gerou vibrações que foram detectadas pela Rede Sismográfica do Brasil. As ondas de superfícies foram registradas até em estações no estado do Amazonas, no Norte do país. A informação é do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), que mantém a rede, juntamente com a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Observatório Nacional (ON).