De acordo com o MPF, o risco de colapso dos diques de rejeitos foi constatato pelo DNPM em razão do abandono da área pelo empreendedor. A situação pode se agravar com a proximidade do período chuvoso. O derramamento de rejeitos na região representa risco para moradores que vivem no entorno da mina e existe ainda a preocupação diante da possibilidade de contaminação da Estação de Tratamento de Água de Bela Fama, que abastece quase a metade da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“O problema é que os acionistas majoritários da empresa responsável pela Mina do Engenho, a Mundo Mineração, simplesmente desapareceram do território nacional, não havendo quem possa se responsabilizar pela intervenção imediata para garantir a estabilidade das barragens”, afirma o procurador da República José Adércio Leite Sampaio, autor da recomendação.
Ainda segundo o procurador da República, “diante da ausência do empreendedor, cabe aos órgãos responsáveis pela fiscalização da segurança dessas barragens – DNPM e FEAM – tomarem todas as providências para realizar as intervenções necessárias para a manutenção do sistema de barragens da Mina do Engenho, sob pena de nos depararmos em breve com outra tragédia”.
Segundo o MPF, a manutenção na mina deve acontecer imediatamente..