Jornal Estado de Minas

Implosão de viaduto em BH não causou danos estruturais em prédios vizinhos; janelas se quebraram

A operação para pôr abaixo o Viaduto Batalha dos Guararapes foi considerada um sucesso pelos responsáveis

João Henrique do Vale Junia Oliveira

Janelas dos condomínios residenciais Antares e Savana foram quebradas - Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press


O impacto da implosão do viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, em Venda Nova, não causou danos estruturais nos residenciais Antares e Savana, vizinhos ao local. Porém, os apartamentos que ficam de frente para a via tiveram os vidros das janelas quebrados pelo deslocamento de ar. A empresa Cowan, responsável pelo elevado, já acionou vidraceiros e vai arcar com os prejuízos. A operação para pôr abaixo a estrutura foi considerada um sucesso pelos responsáveis. Previsão para a liberação da avenida, que está fechada desde 3 de julho, é uma semana.

O coordenador da Defesa Civil de Belo Horizonte, coronel Alexandre Lucas, participou da vistoria nos prédios localizados a poucos metros do viaduto implodido. “Praticamente todos os vidros dos apartamentos que ficam de frente para a avenida foram quebrados. Até aconselhamos os moradores a só voltarem para o imóvel quando as janelas forem recolocadas por causa do risco de ferimentos com cacos de vidro.
Não há risco para a estrutura nos prédios”, afirmou.

A empresa responsável pelo viaduto já acionou vidraceiros que irão fazer a troca das janelas. O serviço deve ser realizado até este domingo. As famílias também poderão acionar a Defesa Civil caso constatem alguma avaria dentro dos apartamentos. “Os moradores podem solicitar a visita da equipe de vistoriadores para ver se as avarias encontradas. Tudo será indenizado”, explicou o coronel.

O engenheiro responsável pelo serviço de demolição, Fábio Bruno Pinto, afirmou que as avarias nas janelas já estavam previstas por causa do deslocamento de ar. Mesmo assim, considerou a operação um sucesso. “Foi exatamente o que tínhamos previsto. Até mesmo a questão da vibração, que era a nossa maior preocupação”, comentou.

Assista ao vídeo da implosão


A implosão

A movimentação na área no entorno do viaduto começou cedo. Funcionários da Defesa Civil, Guarda Municipal, e Prefeitura de Belo Horizonte, receberam café da manhã e se mobilizaram. Centenas de jornalistas de todo o país também acompanharam o processo.
Por volta das 7h alguns moradores já se preparavam para deixar o imóvel. Mas, foi só depois das 8h, quando tocou as primeiras sirenes de alerta, é que as famílias se mobilizaram.

 

 

 

Assista ao vídeo da implosão


A implosão

A movimentação na área no entorno do viaduto começou cedo. Funcionários da Defesa Civil, Guarda Municipal, e Prefeitura de Belo Horizonte, receberam café da manhã e se mobilizaram. Centenas de jornalistas de todo o país também acompanharam o processo. Por volta das 7h alguns moradores já se preparavam para deixar o imóvel. Mas, foi só depois das 8h, quando tocou as primeiras sirenes de alerta, é que as famílias se mobilizaram.

Milhares de curiosos se aglomeraram para ver o processo de implosão do viaduto. Algumas pessoas chegaram a subir no elevado na Rua João Samaha, mas acabaram sendo retiradas por agentes da Guara Municipal. Moradores também subiram em telhados e varandas das casas fora da área de segurança para tentar ver o melhor ângulo.


A expectativa aumentou por volta das 8h45, quando a área próxima ao viaduto foi totalmente evacuada. Apenas três homens da Defesa Civil fizeram a inspeção final no espaço isolado. Cinco minutos depois, militares do corpo de bombeiros e funcionários da empresa responsável pelo serviço começaram a desenrolar cinco carretéis vermelho de cordas. O material, usado para acionar a detonação, foi interligado nos pilares da estrutura.

Às 9h, como previsto pelas autoridades, começou a contagem regressiva. Em seguida, um barulho bem forte da explosão, que assustou algumas pessoas. Em poucos sengundos a estrutura já estava no chão e uma grande nuvem de fumaça se levantou e se dirigiu até o Viaduto João Samaha, onde estava o maior número de curiosos. A poeira abaixou em poucos minutos, na mesma rapidez que o local foi esvaziando.

Depois deste horário, deram início os trabalhos de vistoria dos prédios e da área onde está os escombros. Máquinas pesadas já começaram a fazer o corte da estrutura que será retirado em aproximadamente uma semana. A previsão da Defesa Civil é liberar o trânsito na Avenida Pedro I em até uma semana. .