O caso aconteceu na tarde do dia 12. Segundo o delegado Fabrício Chartone, responsável pela área onde o crime ocorreu, o idoso procurou a polícia dizendo que recebeu em casa dois homens que se apresentaram como agentes de saúde. A dupla disse que precisava de seus dados pessoais para que ele recebesse um acréscimo de R$ 150 em sua renda. “Ele pegou os cartões bancários dele e do filho e entregou para essas duas pessoas. Estava também no local uma senhora, e ele falou que os dois agentes ainda realizaram um teste de glicemia nos dois. Furaram os dedos deles na seringa”, explica o delegado.
Depois que os homens foram embora, o idoso verificou os cartões magnéticos e desconfiou que eles haviam sido trocados. Assustado, ele procurou as agências bancárias e descobriu que havia sido vítima de um golpe. Em um dos bancos, os suspeitos fizeram quatro saques, totalizando R$ 6,5 mil. Na outra agência, eles fizeram um empréstimo de R$ 2 mil.
Chartone afirma que vai intimar a vítima a prestar depoimento na delegacia, levando os extratos bancários, e também vai solicitar as imagens das câmeras de segurança das agências na tentativa de identificar os criminosos. O caso está sendo investigado como estelionato. O delegado informou também que o idoso e a mulher que estava na casa dele também foram orientados a procurar um hospital e realizar exames para saber se houve contaminação no suposto teste de glicemia.
ALERTA O delegado também faz um alerta à população para evitar esse tipo de golpe, não entregando dados pessoais para quem quer que seja. “Eles têm sempre que desconfiar, pedir identificação, crachá, documento da prefeitura. Se é agente de saúde, não tem nada de função financeira”, explica Fabrício Chartone. Ainda segundo ele, a pessoa que desconfiar que está sendo vítima deste tipo de golpe deve acionar a polícia.
Na edição desta terça-feira, o caderno de Economia do Estado de Minas traz uma matéria sobre os casos de violência financeira contra idosos. Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República mostram que o número de denúncias em Minas, que foi de 318 em 2011, foi para 1.328 no ano passado.