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Estado de Minas

Incêndios descontrolados atingem a Serra da Moeda e o Inhotim

Bombeiros e brigadistas estão empenhados desde a manhã desta terça-feira no combate


postado em 16/09/2014 16:02 / atualizado em 16/09/2014 18:06

Incêndio destrói vegetação na Serra da Moeda, em Brumadinho, na Grande BH(foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press)
Incêndio destrói vegetação na Serra da Moeda, em Brumadinho, na Grande BH (foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press)

Minas Gerais vem sofrendo por causa do tempo seco e a incidência de queimadas. Militares do Corpo de Bombeiros combatem pelo menos dois incêndios de grandes proporções na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta terça-feira. No Instituto Inhotim, em Brumadinho, as chamas atingem uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) na parte alta onde há nascentes e mata atlântica. Os focos correm o risco de atingir o parque. Já na Serra da Moeda, o fogo ameaça nascentes, monumentos históricos e até residências.

Desde a manhã desta terça-feira, homens do Corpo de Bombeiros e brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) fazem o combate na Serra da Moeda. A ação é feita em duas frentes. Em uma área, aproximadamente 11 militares tentam preservar monumentos históricos e nascentes. Em outro ponto, 20 homens e brigadistas da AMDA combatem uma linha de fogo que ameaça residências.

A vegetação da Serra da Moeda vem sendo atingida por incêndios desde meados de agosto. O último aconteceu na sexta-feira passada. A extensa linha de fogo se formou em uma área próxima ao condomínio Retiro do Chalé, em Nova Lima, também na região metropolitana. Naquela ocasião, havia 16 focos de incêndio na área, alguns ameaçando residências.

A situação também é crítica no Instituto Inhotim. Desde a noite de segunda-feira os brigadistas do parque monitoravam um foco que está ao redor do local. Porém, durante a noite, o fogo entrou para a área de preservação. “Devido à incidência do vento e o tempo muito seco, o fogo acabou pulando para o Inhotim e atingiu uma dimensão muito grande. Isso ocasionou uma situação muito ruim, pois foi para a parte alta da reserva”, afirma Joaquim de Araújo Silva, diretor do jardim botânico do Inhotim.

Desde cedo, pelo menos 10 brigadistas estão mobilizados no combate, mas a situação segue fora de controle. “Realmente requer um esforço sobre-humano eu diria. É um retrato do que está acontecendo com o tempo seco em vários pontos do estado”, explica Joaquim de Araújo Silva. Segundo ele, o fogo atinge fragmentos de mata atlântica que abriga várias nascentes. “Elas deságuam no Rio Manso, que é um importante manancial da Copasa que abastace, por exemplo, a Região Oeste de BH”. Funcionários afirmam que as chamas ameaçam a entrar no parque, porém, isso ainda não aconteceu. O foco está em um terreno distante da área de visitação.

A superintendente executiva da AMDA, Dalce Rica, alerta que a situação está crítica em todos o estado. “Estamos com vários focos de incêndio e unidades de conservação. A situação está parecida com 2011”, comentou. Segundo ela, todas as aeronaves do governo estão empenhados nos combates. “Recebi a informação de que os nove aviões air tractor e os helicópteros estão nos trabalhos. Mas, não sei se será suficiente”, alerta.


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