O combate de incêndio na Serra da Moeda, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mobiliza o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais há mais de um mês, com intensificação nos últimos 10 dias por causa da seca no em todo o estado. Nesse período, o fogo atingiu áreas de vegetação em toda extensão da serra. Nesta quarta-feira, os militares e brigadistas trabalham em duas frentes de combates, entre elas uma nas proximidades do Instituto Inhotim, em Brumadinho, onde as chamas atingem uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

De acordo com o capitão Tiago Miranda, do Corpo de Bombeiros, a prioridade no combate é para áreas onde há chances do fogo atingir casas, empresas ou locais com circulação de pessoas. Ao todo, 22 militares estão envolvidos nas operações desta quarta e contam com apoio da aeronave da corporação. Apesar do efetivo de hoje, o capitão explica que nos últimos dias mais de 100 bombeiros extras – retirados do serviço administrativo – estiveram envolvidos em combate de incêndios em Minas. Eles estão escalados para trabalhos na Grande BH e interior do estado de forma intercalada.

O capitão ressalta que o período de seca ajuda a expandir as áreas de queimadas. “A vegetação seca e o vento mais forte aumentam as concentrações de incêndios. As áreas de montanha geralmente seguram as massas de ar, o que ajuda a soprar e propagar chamas”, explica Miranda.

Somente nesta quarta-feira, a corporação está dividida em quatro operações de combate ao fogo, sendo a maior delas na Serra da Moeda e outra grandes proporções no Norte de Minas, área de parques florestais. Ainda segundo os bombeiros, a Polícia Militar foi acionada na manhã de hoje para verificar a denúncia de cinco suspeitos de incêndio criminoso na Serra da Moeda. Os casos ainda são apurados pela PM. Não há estimativa de área queimada na serrada e nas proximidades do Inhotim. .