(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BAIRRO SAGRADA FAMÍLIA

Presos por morte de travesti em BH vão responder por homicídio duplamente qualificado

A Polícia Civil apontou travesti e transsexual como autores do assassinato na saída de um show de axé


postado em 24/09/2014 12:46 / atualizado em 24/09/2014 12:57

Presos vão responder pelo homicídio agravado pelo motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima(foto: Gladyston Rodrigues/EM DA Press)
Presos vão responder pelo homicídio agravado pelo motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima (foto: Gladyston Rodrigues/EM DA Press)

O travesti André Henrique Demétrio, de 25 anos, conhecido como Grampola, e a transsexual Gisele de Paula Dias Neto, de 28, estão presos e vão responder por homicídio duplamente qualificado. Eles são apontados pela Policia Civil como autores do crime contra o travesti Cleibe Gonçalves Júnior, de 30 anos, conhecido como Samanta, que foi morto a facadas no Bairro Sagrada Família, Região Leste de Belo Horizonte. No dia do crime, vítima e autores, que haviam consumido bebidas alcoólicas em um camarote open bar de um show de axé, se envolveram em uma briga.

O assassinato foi no dia 16 de agosto. Imagens de câmeras da região, colocadas pela Polícia Militar para monitorar o entorno da Arena Independência, registraram a confusão perto da Rua Genoveva de Souza. De acordo com a delegada Alice Batello, que investigou o crime, o tumulto começou dentro do estádio onde houve intervenção de seguranças particulares. Depois, a briga continuou fora do espaço do show e terminou em morte.

Conforme a polícia, todos os envolvidos se conheciam porque se prostituíam juntos na capital. Durante o show, André Henrique ofendeu uma amiga de Cleibe chamando de “bicha de peruca”, o que desagradou a vítima. Os dois travestis se desentenderam, trocaram agressões e foram separados por seguranças do evento. Gisele entrou na briga para defender André Henrique e os dois foram parar no posto médico do axé por causa de ferimentos causados pelas agressões.

Na saída do estádio, André Henrique e Gisele pararam em uma lanchonete para comer. Minutos depois, Cleibe passou pelo local acompanhado de amigos e houve novo confronto. Neste momento, segundo as investigações, André Henrique usou uma faca para ferir Cleibe. Um amigo da vítima ameaçou o agressor com um pedaço de pau e briga ficou ainda maior. Mesmo ferido, Cleibe tentou atravessar a rua em direção de André Henrique e levou nova facada, desta vez, no coração.

As imagens mostram André Henrique e Gisele comemorando a morte do rival. Os dois fugiram e não foram presos em flagrante pelo crime. Naquela noite, dormiram na casa de Gisele, no Bairro Colégio Batista, região leste, imóvel onde a transsexual foi presa após as investigações. Dias depois, André Henrique foi para Governador Valadares (Vale do Rio Doce), em seguida, fugiu para São Bernardo do Campo e se escondeu na casa de uma tia avó. Com ajuda da polícia de São Paulo, ele foi preso em Santo André, onde estava se prostituindo.

Os dois presos já tinham passagens pela polícia, assim como a vítima do homicídio. André Henrique é apontado com autor do crime e Gisele como coautora. Eles vão responder pelo homicídio agravado pelo motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. A delegada ainda informou que o exame toxicológico no corpo de Cleibe apontou uso de cocaína na noite do crime.

Veja imagens da confusão:



receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)