Jornal Estado de Minas

Remoção das capivaras na Lagoa da Pampulha começa na segunda-feira

Os animais serão capturados e levados para um piquete instalado no Parque Ecológico da Pampulha. Lá, irão passar por exames. Destinação final dos roedores ainda é estudada

João Henrique do Vale
Estudo aponta que aproximadamente 100 capivaras vivem no entorno da lagoa - Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press

A retirada das capivaras do entorno da Lagoa da Pampulha começa na próxima segunda-feira. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo vice-prefeito de Belo Horizonte e secretário municipal do Meio Ambiente, Délio Malheiros (PV). A empresa Equalis Ambiental, contratada pela prefeitura para fazer a remoção dos animais já fez a ceva nos pontos estratégicos. Os roedores serão levados para o parque ecológico onde passarão por avaliação. O local para a destinação final ainda não foi escolhido.

A necessidade de controle dos animais ganhou força principalmente por causa do alerta da febre maculosa, já que alguns roedores podem estar servindo de reservatórios da bactéria causadora da doença, que é transmitida ao homem pelo carrapato-estrela. O serviço de remoção está autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desde o início do mês.

De acordo com Délio Malheiros, os trabalhos de retirada vão inciar no próximo fim de semana.
“A empresa já está fazendo a ceva a semana inteira. Os bretz já foram construídos e também as armadilhas”, afirmou. A destinação final ainda é analisada. “Os animais serão levados para o parque ecológico onde serão analisados para ver quantos estão doentes, quantos devem ser tratados e verificar o número de machos. Depois serão levados para um local que ainda não está definido. Estamos conversando com alguns lugares que devem ser submetidos ao Ibama para análise”, comentou.
Malheiros informou, anteriormente, que a ação iria acontecer no sábado. Porém, a captura foi transferida para segunda-feira por causa da logística.

Desde o início da semana, técnicos da Equalis Ambiental estão colocando canas de açúcar em pontos estratégicos para atrair as capivaras. Em seguida, os roedores capturados e colocados em piquetes. Lá, passarão por exames.

O estudo da empresa começou a ser feito em maio deste ano. Com base em observações dos biólogos, os técnicos chegaram à conclusão de que a população dos roedores é de cerca de 100 animais, sendo que à época foram observados nove grupos distintos – quatro no Parque Ecológico Promotor Francisco José Lins do Rego e o restante espalhado pela lagoa.
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