O promotor Francisco Santiago ofereceu denúncia contra o diretor do Jaraguá Country Club, na Região da Pampulha, por causa da morte da da menina Mariana Silva Rabelo de Oliveira, de 8 anos, que teve o cabelo sugado pela tubulação do toboágua de uma das piscinas. O engenheiro Ângelo Coelho Neto foi denunciado por homicídio com dolo eventual - quando o agente não quer o resultado, mas assume o risco do mesmo. Foi ele quem realizou a obra no clube que deixou a sucção do escorregador mais forte. Outros dois presidentes, que foram indiciados pela Polícia Civil, não constam no documento entregue nesta sexta-feira à Justiça.
O representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) analisou as 300 páginas do inquérito feito pela da 3ª Delegacia de Polícia de Venda Nova. A Polícia Civil apontou que o fator primordial para morte da garota foi a mudança do tubo de sucção do toboágua, que o deixou mais forte. Esse foi um dos principais pontos mais avaliados pelo MP.
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No inquérito da Polícia Civil, Felisberto Carvalho Góes Neto, presidente do clube na época da morte, responsável por autorizar a obra, e o atual presidente, Marco Antônio de Pádua Faria, foram indiciados.
A denúncia, agora, será entregue para um juiz do 2º Tribunal do Júri. O engenheiro pode pegar de seis a 20 anos de prisão, caso seja condenado. .