Tempo fechado na região de São Roque de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas, mas ainda sem chuvas fortes para recarregar as nascentes do Rio São Francisco.
A visita de integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) ocorre um dia depois da reunião extraordinária, em Belo Horizonte, para avaliar o quadro e discutir o problema da vazão do “rio da unidade nacional”, cujas águas abaixaram de 450 metros cúbicos para 250 m3 de água. Durante o encontro, o vice-presidente do CBHSF, Wagner Soares Costa, afirmou que “precisamos de medidas drásticas e cada um de nós terá de perder um pedaço para todos ganharem. Se a chuva vier, as restrições serão retiradas”.
Durante o período crítico de seca, os grandes consumidores ao longo da bacia, que respondem por 90% do total do consumo de água (70% dos agronegócios e 20% das indústrias) poderão ser obrigados a aderir a um tipo de racionamento de água, com a solicitação à Agência Nacional das Águas (ANA) e ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) para a revisão das outorgas concedidas. A previsão é de que, em menos de duas semanas, esteja concluído o levantamento do volume de água dos de usuários do agronegócio, indústrias e do Projeto Jaíba, no Norte de Minas, que usam volume acima de 1 m3 de água por segundo.
As medidas de restrição do uso de água ainda não estão definidas em detalhes, mas podem variar entre o uso da água em turnos diferentes ou em dias alternados.