Começou às 9h06 desta segunda-feira o júri de mais um acusado de envolvimento com o Bando da Degola, grupo responsável pela morte de dois empresários em abril de 2010 no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Nesta segunda, o pastor Sidney Eduardo Beijamin está no banco dos réus. O advogado Luiz Astolfo também seria julgado mas, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o júri dele foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o julgamento de um recurso especial na corte.
A sessão acontece no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, na capital, e é presidida pelo juiz Alexandre Cardoso Bandeira. O promotor José Geraldo de Oliveira representa o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Dez testemunhas serão ouvida, cinco delas de defesa. Quatro mulheres e três homens compõem o conselho de sentença.
Oito pessoas são acusadas de arquitetar o crime, sendo que quatro delas já foram condenadas.
Em julho de 2013 foi a vez do ex-estudante Arlindo Soares. Ele foi sentenciado pelos crimes de homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. A sua pena foi de 44 anos de reclusão.
Frederico Flores, apontado como o líder do bando, sentou no banco dos réus em setembro do ano passado. Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, extorsão, formação de quadrilha, sequestro e cárcere privado. Mesmo assim, sua sentença foi a menor até agora. O ex-estudante de direito pegou 39 anos de prisão.
O último a ser julgado foi o garçom norte-americano Adrian Gabriel Grigorcea. Ele foi condenado a 30 anos de prisão por homicídio qualificado e formação quadrilha. A médica Gabriela Ferreira da Costa será julgada em 30 de outubro.
O crime
Conforme o TJMG, consta na denúncia que Frederico flores foi informado que os empresários Rayder Santos Rodrigues, de 39 anos, e Fabiano Ferreira Moura, de 36, estavam envolvidos em estelionato e contrabando, movimentando grande quantidade de dinheiro em várias contas bancárias. A partir daí, Flores sequestrou, extorquiu e matou os empresários com ajuda dos demais envolvidos.
Ainda de acordo com a promotoria, os crimes aconteceram em 10 e 11 de abril em um apartamento alugado por Frederico Flores, depois de os acusados terem realizado saques e transferências das contadas das vítimas.
Com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.