A chacina aconteceu em agosto deste ano. Os irmãos Ronivon Borges da Silva, de 22 anos, e Jagner Borges da Silva, de 21, estavam com os amigos Paulo Raimundo Couto, 43, e William Ribeiro Lopes, 25, num Fiat Uno vermelho, quando foram cercados na Rua Itajubá por dois criminosos da região. Com uma escopeta calibre 12 e pistolas semiautomáticas, a dupla fez mais de 30 disparos contra os quatro.
Os primeiros indícios para chegar até os suspeitos foi indicado pelo pai dos jovens, que tinha conversado com um deles minutos antes do assassinato. “O pai dos irmãos recebeu uma ligação e foi até o local. Quando chegou, um dos filhos, que ainda não estava morto, passou os nomes dos possíveis assassinos”, explica o delegado.
Os nomes passados para a polícia foram Clayton e Gilberto, apontados com um dos líderes de uma quadrilha que atua na região e que seriam rivais das vítimas. A confirmação se deu quando o delegado ouviu a irmã de dois jovens mortos. “A irmã admitiu que ajudou a quadrilha. Ela quem avisou o momento que os irmãos saíram de casa ao namorado, que é do grupo rival. Assim, os criminosos armaram a emboscada”, comentou Solla.
Ao ser questionada sobre os motivos que a levaram a ajudar os rivais dos irmãos, a menina informou que já tinha escolhido o lado dela. “Disse que não se entendia muito bem com um dos irmãos e que escolheu ficar do lado do namorado”, disse o delegado.
Mandados cumpridos
Os suspeitos do crime foram presos na última quarta-feira. A Polícia Civil cumpriu sete mandados de prisão em Betim, São Joaquim de Bicas e Governador Valadares. Além de Clayton e Gilberto, outras cinco pessoas foram detidas.
Na casa de um dos adolescentes, a polícia encontrou uma submetralhadora calibre 9 milímetros, um colete balístico, e grande quantidade de munição. .