O professor trabalhava na Escola Estadual Corina de Oliveira como designado desde janeiro deste ano. Na última sexta-feira, ao chegar para dar aula, o educador chamou a atenção de alguns alunos que estavam batucando no fundo da sala. Foi nesta hora que começou a confusão.
A discussão não parou por ai. Os estudantes, segundo a diretora, continuaram a questionar o professor sobre o preconceito. “Alguns alunos disseram que afirmaram: 'meu pai e minha mãe são pretos e não são assim'. Nisso, o professor perguntou se eles trabalham, pois tinha trabalhado na polícia e lá contatou que a maioria dos negros não trabalhavam”, disse a diretora.
Familiares dos jovens procuraram a diretora na segunda-feira demonstrando a revolta. Vestidos de preto, eles fizeram uma manifestação em frente a instituição. A diretora se reuniu com os alunos e todos os 40 estudantes foram unânimes em falar dos preconceitos relatados pelo professor. “Também ouvi o educador. Ele negou tudo e que os alunos distorceram uma fala na sala de aula. Falei para ele tentar resolver a situação junto comigo em uma conversa com os estudantes, mas ele preferiu se desligar do cargo”, explica Marilângela Melo.
A escola estadual tem 1,5 mil alunos e 120 funcionários.