Um temporal castigou Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, derrubando árvores e pelo menos um outdoor, no início da tarde dessa quarta-feira. Foram 15 ocorrências de queda de árvores, sendo que uma delas atingiu três veículos e outra danificou a rede elétrica. Em Vespasiano, na Grande BH, casas também foram destelhadas pela chuva acompanhada de vento, que alivia o calor, mas provoca destruição, como também ocorreu na terça-feira em Ouro Preto, na Região Central. Em Belo Horizonte, há previsão de pancadas, mas as altas temperaturas devem continuar. Na quarta-feira, a capital teve o dia mais quente do ano, quando os termômetros marcaram 34,7°C.
Na tarde de ontem, chegou a chover fraco em alguns pontos da regiões Centro-Sul e Leste de BH, assim como em Betim, Contagem e em outros pontos da região metropolitana. Na capital, havia previsão de mais chuva durante a madrugada, quando a temperatura mínima prevista era de 18 graus. Mas, ao longo do dia, a tendência é de que o sol volte a esquentar, com temperatura máxima prevista de 31°C. De acordo com o meteorologista Claudemir de Azevedo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a sexta-feira será sem chuva e terá céu parcialmente nublado na capital, com temperaturas variando de 17°C a 32°C. O fim de semana será um pouco mais quente, com temperaturas entre 18°C e 33°C.
Além da Grande BH, ontem houve chuva isolada em Monte Verde (Sul de Minas), em Araxá (Triângulo Mineiro) e Guanhães (Região Leste). Enquanto isso, em vários outros municípios mineiros a população faz novenas para chover. Em Unaí, na Região Nordeste do estado, os termômetros marcaram 39,2°C na terça-feira, a maior temperatura registrada no estado neste ano. Araçuaí e Montalvânia também tiveram máximas acima de 38°C.
Destruição
Em Ouro Preto, moradores do distrito de Antônio Pereira ainda se recuperam do susto da tarde de terça-feira, quando a comunidade de 5 mil habitantes foi castigada por um vendaval. Moradores continuam trabalhando para consertar suas casas. Segundo a prefeitura da cidade, 30 moradias foram totalmente destruídas e 200 ficaram destelhadas na localidade, onde 10 pessoas tiveram ferimentos leves. Habitantes da região, alunos e funcionários da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), a Guarda Municipal, todos se mobilizaram para arrecadar donativos para as vítimas, como roupas, colchões e alimentos.
Várias equipes do Corpo de Bombeiros foram mandadas para Antônio Pereira para liberar ruas, obstruídas por muros e árvores que caíram. Segundo a Defesa Civil Municipal (Comdec), 33 famílias foram abrigadas em uma escola e outras foram encaminhadas para casas de parentes e amigos.