Negligência e descuido. Esses foram os fatores que causaram a morte de cinco crianças em Barroso, Região Central de Minas Gerais, em abril deste ano, conforme inquérito concluído nesta semana pela Polícia Civil. A única sobrevivente do incêndio, a jovem de 19 anos e prima das vítimas, será indiciada por homicídio culposo, quando não existe a intenção de matar.
Foram cinco meses de investigação para que a polícia colhesse informações que pudessem esclarecer o caso, que chocou toda a cidade. Cerca de 25 pessoas foram ouvidas pela Delegacia de Barroso, o que favoreceu para que provas testemunhas apontassem o descuido da jovem como fator preponderante para a morte dos irmãos.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Alexsander Soares Diniz, no dia 24 de abril a jovem, única adulta na casa, e responsável por cuidar dos menores, chegou em casa de madrugada, por volta das 4h, e foi direto dormir. As crianças, que tinham o costume de acordar cedo, se reuniram na sala para brincar e começaram a acender palitos de fósforo.
“A família trabalhava com materiais artesanais, que são de fácil combustão. Conforme as testemunhas, os menores tinham fácil acesso a produtos perigosos, e brincavam com fósforo. Isso certamente resultou na tragédia”, disse o delegado. Quando o fogo teve início, as crianças chamaram a jovem para socorrê-las, mas como as chamas tomaram o ambiente, ela decidiu sair pelos fundos e pedir socorro.
Porém, conforme a Polícia Civil, no dia anterior, um incidente parecido já havia acontecido na casa. Uma das crianças utilizava fósforos para brincar e queimou uma planta artificial. Mas em nenhum momento a irmã mais velha impediu que os menores tivessem acesso a materiais perigosos.
“A perícia fez um trabalho muito cuidadoso e encontramos palitos de fósforo pela casa. Isso poderia ter sido perfeitamente evitado, mas ela demonstrou diversas atitudes que resultaram no incêndio”, relatou Alexsander Soares Diniz. O inquérito ainda aponta que as vítimas morreram por causa da fumaça tóxica e devido a queimaduras.
A Polícia Civil encaminhou inquérito para a promotoria de justiça do Ministério Público, responsável por avaliar o caso. “Se houver o entendimento de que não houve crime, será arquivado. Se o MP pedir novas informações o inquérito retornar para a polícia e se entender que foi comprovado o crime ela pode ser denunciada”, completou o delegado.
O caso
O incêndio começou durante a manhã, na casa localizada no Bairro Jardim Europa. A adolescente Amanda Francisca Guimarães, de 17, mãe de Rafaela estava no local no momento do incêndio, estava dormindo. Ela foi socorrida com intoxicação por ter inalado fumaça.
Greici Kelly Francisca Guimarães, de 24, mãe das outras três crianças, estava grávida e havia saído para uma consulta médica. Assim que foi informada sobre a tragédia ela passou mal e entrou em trabalho de parto. A Polícia Militar informou que Amanda e Greici são primas e moravam com os filhos no imóvel.
Vizinhos se mobilizaram para socorrer as vítimas e controlar o fogo. Com a ajuda dos policiais militares, eles fizeram mutirão com baldes e mangueiras até a chegada do Corpo de Bombeiros, que saiu de Barbacena, a 25 quilômetros de Barroso.
Foram cinco meses de investigação para que a polícia colhesse informações que pudessem esclarecer o caso, que chocou toda a cidade. Cerca de 25 pessoas foram ouvidas pela Delegacia de Barroso, o que favoreceu para que provas testemunhas apontassem o descuido da jovem como fator preponderante para a morte dos irmãos.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Alexsander Soares Diniz, no dia 24 de abril a jovem, única adulta na casa, e responsável por cuidar dos menores, chegou em casa de madrugada, por volta das 4h, e foi direto dormir. As crianças, que tinham o costume de acordar cedo, se reuniram na sala para brincar e começaram a acender palitos de fósforo.
“A família trabalhava com materiais artesanais, que são de fácil combustão. Conforme as testemunhas, os menores tinham fácil acesso a produtos perigosos, e brincavam com fósforo. Isso certamente resultou na tragédia”, disse o delegado. Quando o fogo teve início, as crianças chamaram a jovem para socorrê-las, mas como as chamas tomaram o ambiente, ela decidiu sair pelos fundos e pedir socorro.
Porém, conforme a Polícia Civil, no dia anterior, um incidente parecido já havia acontecido na casa. Uma das crianças utilizava fósforos para brincar e queimou uma planta artificial. Mas em nenhum momento a irmã mais velha impediu que os menores tivessem acesso a materiais perigosos.
“A perícia fez um trabalho muito cuidadoso e encontramos palitos de fósforo pela casa. Isso poderia ter sido perfeitamente evitado, mas ela demonstrou diversas atitudes que resultaram no incêndio”, relatou Alexsander Soares Diniz. O inquérito ainda aponta que as vítimas morreram por causa da fumaça tóxica e devido a queimaduras.
A Polícia Civil encaminhou inquérito para a promotoria de justiça do Ministério Público, responsável por avaliar o caso. “Se houver o entendimento de que não houve crime, será arquivado. Se o MP pedir novas informações o inquérito retornar para a polícia e se entender que foi comprovado o crime ela pode ser denunciada”, completou o delegado.
O caso
O incêndio começou durante a manhã, na casa localizada no Bairro Jardim Europa. A adolescente Amanda Francisca Guimarães, de 17, mãe de Rafaela estava no local no momento do incêndio, estava dormindo. Ela foi socorrida com intoxicação por ter inalado fumaça.
Greici Kelly Francisca Guimarães, de 24, mãe das outras três crianças, estava grávida e havia saído para uma consulta médica. Assim que foi informada sobre a tragédia ela passou mal e entrou em trabalho de parto. A Polícia Militar informou que Amanda e Greici são primas e moravam com os filhos no imóvel.
Vizinhos se mobilizaram para socorrer as vítimas e controlar o fogo. Com a ajuda dos policiais militares, eles fizeram mutirão com baldes e mangueiras até a chegada do Corpo de Bombeiros, que saiu de Barbacena, a 25 quilômetros de Barroso.