Para a suspensão, a prefeitura considerou parecer técnico do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) comprovando que a situação é grave, com risco de falta de abastecimento de água potável; o longo período de estiagem pelo qual a cidade passa; o significativo aumento da demanda de água tratada pela população em virtude do aumento da temperatura ambiente e o alto consumo de água nas escolas, que não podem ficar desabastecidas sob pena de colocar em risco a saúde dos alunos e servidores.
Com esses argumentos, a prefeitura definiu que as aulas fiquem suspensas até dia 10 de outubro, podendo ser prorrogado o período de paralisação caso a situação de emergência permaneçaA suspensão definida pelo decreto pode ser revogada a qualquer momento, caso a situação emergencial seja normalizada.
De acordo com a secretária de Educação, Celma Vargas Kadour Andrade, na prática, as aulas só retornam em 20 de outubro porque na semana entre 13 e 17 está previsto recesso no calendário escolar em comemoração ao dia do professorNa rede municipal, cerca de 3 mil crianças ficarão sem aulas das creches até o ensino fundamental 2
A secretária explica que a SAAE está fazendo um rodízio de abastecimento na cidade, o que deixa as escolas em situação precáriaDe acordo com Andrade, em algumas instituições já estava faltando água em cantinas e banheiros“Não podemos manter as crianças em situação precária em que a escola não tenha higiene adequada para aulas”, afirmaConforme a secretária, não chove em Oliveira há 60 dias
Equipes da secretaria, prefeitura e SAAE vão se reunir nesta sexta-feira para discutir a situaçãoNa semana que vem, os professores e diretores vão organizar um esquema de reposição de aulas para que alunos não tenham prejuízo educacional
A Secretaria de Estado de Educação informou que a as escolas estaduais estão trabalhando com o mínimo possível de águaEla confirmou que as aulas serão suspensas nas sete escolas estaduais do municípioAo todo, 4,4 mil estudantes serão atingidos pelo fechamento das instituições de ensino
Mais seca
A falta de água é uma triste realidade em outras regiões de MinasEm Santo Antônio do Monte, Centro Oeste do estado, há cerca de 20 dias os moradores se revezam para utilizar o serviçoSemanalmente a Copasa informa aos moradores quais bairros serão afetados pelo desabastecimento e em quais dias não poderão utilizar a águaA seca vem reduzindo o nível do Rio Guandu e provocando intermitências no abastecimento.
Em Pará de Minas, Região Central, a situação é ainda mais graveDesde maio, a cidade vive em estado de calamidade públicaA prefeitura adaptou um veículo para abastecer somente as residências que tiverem idosos ou doentesPara isso, as famílias devem entrar em contato com o Centro de Referência em Assistência Social ou procurar equipes do Programa Saúde da Família, para realizar o cadastramento