Depois de receber denúncias de pacientes, a procuradoria do MPF começou a investigar a situaçãoFoi feita uma vistoria que constatou danos na estrutura física do setor, como trincas, rachaduras, piso inadequado e escorregadio e inexistência de banheiros adequados para pessoas com deficiênciaAlém disso, há falhas no fornecimento de alimentação para os pacientes e falta de medicamentos
Na época da vistoria, o MPF constatou que das cinco enfermeiras do quadro, apenas duas estavam de serviço, pois as outras estavam de férias ou de licença médica e não foram substituídasProblemas semelhantes foram encontrados no setor de hemodiálise
Os estudos feitos pela procuradoria foram entregues à universidade com pedidos de correçãoEm resposta, segundo o MPF, a UFU informou que aderiu aos serviços da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que ficará responsável por formular as ações estratégicas e metas para recompor a força de trabalho e atender as necessidades estruturais do seu Hospital de ClínicasPorém, para o procurador, “o atual gestor do HC continua sendo a Universidade de Uberlândia, que, inclusive, dispõe de recursos para custear as contratações”
A ação pede que a Justiça Federal obrigue a União e a UFU a realizarem concurso público para a contratação de profissionais em número suficiente para atender a demanda do HC-UFU, assim como a apresentarem cronograma de correção das irregularidades constatadas durante a vistoria.
O MPF também pediu a realização de obras no setor de hemodiálise, com a transferência dos pacientes para outra área do próprio hospitalCaso isso não seja possível, o juízo poderá determinar que eles sejam encaminhados para atendimento em clínicas credenciadas pelo SUS em Uberlândia.
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) informou que já notificada sobre a ação e está elaborando a defesa contra a mesma