O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, informou ontem que será aceita a sugestão do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) de reduzir o volume de água liberada pela Usina de Três Marias. Porém, salientou que a redução será limitada, devendo considerar a vazão necessária para o atendimento ao Projeto Jaíba, de irrigação, e aos demais usuários abaixo da represa. Já a secretária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto São Francisco, Sílvia Freedman, avalia que o anúncio do ONS não contempla as reivindicações da entidade e que a posição traz mais apreensão do que alívio.
“A menor defluência programada para a represa de Três Marias leva em consideração o Projeto Jaíba e o atendimento aos usuários situados à jusante (rio abaixo). Essa programação foi devidamente articulada com a Agência Nacional de Águas (ANA), Cemig e com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Será realizada de forma gradativa, sendo avaliada a cada etapa, caso não haja melhoria hidrológica na região”, assegurou, ontem, Hermes Chipp ao Estado de Minas, por meio de sua assessoria. Segundo ele, a vazão da represa, que está em 160 metros cúbicos por segundo (m3/s), será limitada, em uma primeira etapa, a 150m3/s.
A proposta do Comitê da Bacia do Alto São Francisco é de que a quantidade de água liberada pela usina hidrelétrica seja reduzida para 140m3/s, já este mês, e para 120m3 em novembro. O objetivo é manter água no reservatório, que está com apenas 5,3% de sua capacidade, e ainda garantir por mais tempo uma vazão mínima para o Velho Chico, considerando a possibilidade de atraso na chegada do período chuvoso.
AGRICULTORES No Projeto Jaíba, situado no município de mesmo nome, no Norte de Minas, produtores do perímetro irrigado já tinham manifestado preocupação com a possibilidade de queda na vazão de Três Marias. Os agricultores temem que o nível fique muito baixo, impedindo a captação pelas bombas, o que poderia interromper de vez o projeto de irrigação, que conta com 2 mil produtores e envolve uma população de núcleos urbanos que somam em torno de 20 mil pessoas.
Sílvia Freedman disse que a solicitação de redução maior é uma “medida de precaução, diante da incerteza de como será o período chuvoso que se aproxima”. Ela lembrou que a quantidade de água que atualmente chega ao lago da Usina de Três Marias é muito inferior à quantidade que é liberada (32m3/s de entrada contra 160m3/s de vazão). Nesse ritmo, segundo ela, o reservatório vai secar. “Se o volume útil chegar a zero, não vai ter água para ninguém, nem para quem está acima, nem para quem está abaixo da represa”, alertou.
Silvia Freedman advertiu ainda que, caso a situação se agrave, o ONS terá que se responsabilizar pelas conseqüências. “A única coisa que sabemos é que, se as medidas necessárias não forem adotadas e se não houver a melhoria do regime pluviométrico, o ONS e demais órgãos competentes deverão responder pelos impactos. Poderemos ter problemas para todos os usuários”, afirmou.
“A menor defluência programada para a represa de Três Marias leva em consideração o Projeto Jaíba e o atendimento aos usuários situados à jusante (rio abaixo). Essa programação foi devidamente articulada com a Agência Nacional de Águas (ANA), Cemig e com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Será realizada de forma gradativa, sendo avaliada a cada etapa, caso não haja melhoria hidrológica na região”, assegurou, ontem, Hermes Chipp ao Estado de Minas, por meio de sua assessoria. Segundo ele, a vazão da represa, que está em 160 metros cúbicos por segundo (m3/s), será limitada, em uma primeira etapa, a 150m3/s.
A proposta do Comitê da Bacia do Alto São Francisco é de que a quantidade de água liberada pela usina hidrelétrica seja reduzida para 140m3/s, já este mês, e para 120m3 em novembro. O objetivo é manter água no reservatório, que está com apenas 5,3% de sua capacidade, e ainda garantir por mais tempo uma vazão mínima para o Velho Chico, considerando a possibilidade de atraso na chegada do período chuvoso.
AGRICULTORES No Projeto Jaíba, situado no município de mesmo nome, no Norte de Minas, produtores do perímetro irrigado já tinham manifestado preocupação com a possibilidade de queda na vazão de Três Marias. Os agricultores temem que o nível fique muito baixo, impedindo a captação pelas bombas, o que poderia interromper de vez o projeto de irrigação, que conta com 2 mil produtores e envolve uma população de núcleos urbanos que somam em torno de 20 mil pessoas.
Sílvia Freedman disse que a solicitação de redução maior é uma “medida de precaução, diante da incerteza de como será o período chuvoso que se aproxima”. Ela lembrou que a quantidade de água que atualmente chega ao lago da Usina de Três Marias é muito inferior à quantidade que é liberada (32m3/s de entrada contra 160m3/s de vazão). Nesse ritmo, segundo ela, o reservatório vai secar. “Se o volume útil chegar a zero, não vai ter água para ninguém, nem para quem está acima, nem para quem está abaixo da represa”, alertou.
Silvia Freedman advertiu ainda que, caso a situação se agrave, o ONS terá que se responsabilizar pelas conseqüências. “A única coisa que sabemos é que, se as medidas necessárias não forem adotadas e se não houver a melhoria do regime pluviométrico, o ONS e demais órgãos competentes deverão responder pelos impactos. Poderemos ter problemas para todos os usuários”, afirmou.