O assistente administrativo Marcel Barbosa dos Santos, de 31 anos, que ficou conhecido como “Tarado do Dona Clara” depois de abusar de 11 mulheres e temtar estuprar uma adolescente na Pampulha, foi condenado pela Justiça. O homem pegou 29 anos de prisão em regime inicial fechado. Entre as vítimas estão adolescentes menores de 14 anos. A decisão do juiz Luís Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca ainda cabe recurso.
A atuação do maníaco começou a ser investigada depois que um estudante criou uma campanha nas redes sociais denunciando que um estuprador agia no Bairro Dona Clara. O cartaz divulgado na internet informava o registro de dez ataques em três dias. Os relatos das vítimas indicava que o homem agia, principalmente, nas imediações de uma escola particular e outra municipal do bairro. Circulando de moto, ele abordava as vítimas, as segurava pelo braço e passava a mão nas partes íntimas delas.
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Ao proferir a sentença, o juiz Luís Barreto considerou a semi-imputabilidade do réu, quando a pessoa não é inteiramente capaz de compreende a gravidade dos crimes, como também a sua confissão espontânea. Por isso, reduzindo em 1/3 as penas aplicadas.
Mesmo o assistente administrativo sendo réu primário e possuir residência fixa, o juiz determinou que ele continuasse preso, pois poderia “abalar a tranquilidade social da comunidade, afetar a ordem pública, gerando revolta e comoção na sociedade”. Também considerou que a soltura levaria risco para a aplicação da lei penal, “visto que não pode ser descartada a hipótese de fuga, tendo em vista o regime e o quantum das penas aplicadas”.