Jornal Estado de Minas

Veterinários já capturaram 17 capivaras na Pampulha e primeiros exames serão analisados

Os resultados da investigação, que vai detectar se os parasitas que vivem nos animais correm risco de transmitir doenças, como a febre maculosa, não têm data para ser divulgados

João Henrique do Vale
Os trabalhos de retirada das capivaras do entorno da Lagoa da Pampulha continuam
Mais 11 novos roedores foram capturados na madrugada desta terça-feiraEles se juntam aos outros seis que estão na área de manejo do Parque EcológicoO primeiro lote de exames realizados nos animais, que alojam o carrapato-estrela, será enviado nos próximos dias para análise em laboratórioOs resultados da investigação, que vão detectar se os parasitas correm risco de transmitir doenças, como a febre maculosa, não têm data para ser divulgados

As capturas aconteceram nas proximidades do Parque Ecológico e no entorno do Museu de Arte“Foram dez animais no parque e outro no museuEntre eles, está um macho satélite, que fica rodeando o bando”, explica o veterinário Pablo Pezoa, coordenador do projeto da Equalis Ambiental e veterinário responsável pela capturaTodos foram colocados junto aos outros seis roedores capturados na última terça-feira

Estima-se que vivem na orla da lagoa 100 capivarasPorém, o número pode ser maior
“Conseguimos capturar uma família inteiraNela, estavam três filhotes de uma semana de vida”, comenta PezoaCom a retirada desse bando, os primeiros exames serão enviados para laboratório“Vamos mandar o primeiro lote agora, pois não podemos analisar apenas meio bandoComo acabamos de pegar uma família inteira, está na hora da análise”, explica o veterinário

Todos os animais, depois de retirados da orla, são sedados, têm microchip instalados e sangue coletadoConforme o veterinário, todas as capivaras analisadas não têm problemas graves e recuperaram bem da anestesia

Novos pontos de captura

Quando as capivaras entram nos bretes, uma espécie de cercado, os outros animais ficam arredios e evitam o localPor isso, o trabalho de ceva, feito com cana-de-açúcar, alimento preferido dos roedores, é colocado na regiãoIsso vai acontecer, novamente, no entorno do Museu de Arte
Caso não dê mais resultados durante a semana, os veterinários mudarão de tática“Vamos passar para a captura ativa, com dardos tranquilizantes, se não tivermos êxito”, diz Pezoa

No Parque Ecológico, a armadilha continuará montadaOs técnicos acreditam que ainda vão conseguir sucessoA expectativa é de pegar a maior família que vive na lagoa, com cerca de 25 animaisTambém será montado outro bretes próximo à Casa do Baile“Vamos começar a ceva neste novo ponto nesta semana, pois já estamos acabando a captura no museuNão podemos colocar em dois pontos o alimento para os grupos não se dividirem”, afirma o veterinário