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Estado de Minas

Sem passarela, pedestres devem voltar a disputar espaço com os carros no Anel

Reforma de passarela destruída em acidente deve demorar um mês. Estrutura danificada só foi erguida por intervenção da Justiça, ainda assim com material provisório. Obra definitiva depende de reforma geral


postado em 09/10/2014 06:00 / atualizado em 09/10/2014 07:22

Enquanto tráfego pesado continua, com a liberação das pistas, operários atuam na remoção da estrutura e pedestres disputam espaço com carros no asfalto. Nova travessia deve ser liberada em um mês(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Enquanto tráfego pesado continua, com a liberação das pistas, operários atuam na remoção da estrutura e pedestres disputam espaço com carros no asfalto. Nova travessia deve ser liberada em um mês (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

A passarela instalada no km 8 do Anel Rodoviário, atingida nessa quarta-feira por um caminhão desgovernado em acidente que causou o fechamento da rodovia por quase sete horas, é um dos exemplos da sequência de paliativos implantada na rodovia. Antes da montagem da estrutura, foi necessário que a Justiça obrigasse o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a garantir a obra. Depois da instalação, houve protestos de moradores da Vila Real, aglomerado às margens do Anel, por melhores condições na travessia.


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O trânsito foi liberado no local às 18h30 de ontem, após a retirada do caminhão acidentado. Dois caminhões com guindastes tipo munk foram posicionados sob a passarela, no local em que ficava a estrutura de sustentação, para manter a armação em pé. De acordo com o major Cássio Soares, comandante da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), até o fim da noite o que restou da passarela seria desmontado. Por pelo menos um mês, pedestres devem voltar a disputar espaço com carros no asfalto.

Em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação contra a União e o Dnit, exigindo a instalação de passarela no trecho onde os atropelamentos mais ocorriam nos 27,3 quilômetros do Anel Rodoviário. O o juiz do caso, Lincoln Pinheiro Costa, determinou, em novembro de 2011, que o Dnit providenciasse a estrutura provisória, de modo que fosse substituída quando a revitalização da rodovia tivesse início. A travessia foi aberta em novembro de 2012. O contrato prevê que a retirada do material ocorreria no mês que vem, mas o procedimento foi antecipado, devido ao acidente. Segundo o Dnit, outra licitação já está em curso para escolher a firma responsável por construir nova transposição provisória. A expectativa do órgão federal é de que a passagem seja finalizada até 30 de novembro.

Motoristas envolvidos apontaram diferentes causas para o acidente(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
Motoristas envolvidos apontaram diferentes causas para o acidente (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)

EM REVISÃO
Nos planos de obras para o Anel, sem previsão de início, inicialmente serão reformados apenas três entroncamentos: os cruzamentos com as avenidas Amazonas, Pedro II e com a Praça São Vicente. O projeto para esses segmentos foi concluído pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG), mas ainda está em fase de revisão, já que o Dnit apontou ajustes. Para uma solução definitiva para a travessia de pedestres no Bairro São Francisco, é necessário que o cruzamento com a Avenida Antônio Carlos seja reformulado e que as famílias que ocupam irregularmente a região sejam removidas.

Segundo o DER/MG, essa fase do projeto executivo da obra está paralisada, aguardando recursos do Dnit para continuar. O órgão federal rebate, dizendo que não faltaram verbas, mas que o estado não está conseguindo desenvolver o projeto. O Dnit argumenta ainda que há, nas imediações do local do acidente, duas passarelas definitivas, que atendem à população, além da possibilidade de transposição da rodovia pelos pedestres, em total segurança, sob o Viaduto São Francisco.

ENQUANTO ISSO...
...Pedestre que caiu continua internado

Está internado, em estado grave, o impermeabilizador Aguinaldo Vilácio de Oliveira Rocha, de 38 anos, que em 24 de maio caiu da passarela improvisada sobre o Anel Rodoviário . Ele teve traumatismo craniano grave e chegou a ter alta, mas, segundo sua mulher, Lilian Luzia Nicolau, precisou ser internado novamente. “As complicações do traumatismo foram muito graves e ele teve que voltar para a internação. Precisamos de uma solução definitiva para o trecho, pois quem atravessa naquele lugar corre risco de vida”, diz ela.


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