A temporada de estiagem continua castigando o estado. Além da falta de água, a seca tem facilitado o aparecimento de focos de fogo por Minas. Faltando ainda dois meses para o fim do ano, o número de focos registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais já é 109% superior ao registrado no ano passado.
Os incêndios voltaram a ser um problema neste final de semana. Pelo menos nove ocorrências foram atendidas por viaturas do Corpo de Bombeiros na Grande BH neste domingo. De acordo com a corporação, outras 141 foram registradas no sábado, sendo 123 em matas e 18 em lotes vagos.
Se nas cidades eles incomodam e colocam residências em risco, nas rodovias os incêndios representam perigo para motoristas que trafegam às cegas, prejudicados pela fumaça. Quem passou pela BR-262, entre Bom Despacho (156km de BH), no Centro-Oeste de Minas, e a capital teve de ter atenção redobrada. Focos de incêndio foram registrados ao longo do trecho na tarde deste domingo. Em alguns pontos, a fumaça invade a estrada. A sensação que se tem é de que a quantidade de queimadas, junto ao quadro de seca prolongada, pode levar o estado a uma situação de emergência.
A situação foi a mesma nas margens da BR-381, em Sabará, próximo à Cotochés. Alertas foram emitidos pela Polícia Rodoviária Federal ao longo de toda a tarde para que motoristas evitassem o local devido a intensa fumaça que invadia a pista. Nenhum acidente foi registrado no trecho.
Na capital, um incêndio na Mata da Baleia, no Bairro Fazendinha, região Centro-Sul, se alastrou atingindo uma residência. Os Bombeiros conseguiram debelar as chamas, mas não antes delas terem danificado quatro veículos e paredes de três barracões.
Outros focos de incêndio foram registrados nos bairros Jaqueline, Urca e São Salvador, também em BH; em Ribeirão das Neves; Ibirité; Caeté e nos bairros Chácara e Granja São João, em Betim.
Até agora Minas teve 8.343 incêndios, contra 3.974 ocorrências de 2013. Com esse número, 2014 já tem mais registros que os dois últimos anos, mas ainda não é o pior ano da década já que 2010 e 2011 tiveram mais de 11 mil focos, cada.