O Parque Nacional da Serra do Cipó, na Grande BH, ainda não tem data para reabrir. O local sofre com um incêndio que destrói a vegetação desde sexta-feira. O combate, que é feito por brigadistas, funcionários, voluntários e bombeiros civis, vai continuar durante a noite e madrugada. Pelo menos oito mil hectares, três mil somente dentro da reserva, já forma destruídos pelas chamas.
O fogo começou do lado de fora e acabou atingido a área do parque. As chamas chegaram a atingir algumas áreas de visitação como o Travessão, Cachoeiras da Farofa, Bandeirinhas, e Retiro. Algumas nascentes e córregos também foram afetados pelo fogo que segue descontrolado.
Desde sexta-feira, o combate segue incessantemente. Nesta quarta-feira, o trabalho foi feito por 85 combatentes, entre brigadistas do Instituto Chico Mendes e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), bombeiros civis e voluntários. Os homens usam abafadores e bombas costais nas ações. Um helicóptero e dois aviões modelo air-tractor auxiliam na ação.
A analista ambiental do parque da Serra do Cipó, Paula Leão Ferreira, afirma que os combatentes estão tendo dificuldade no combate. “São terrenos acidentados. A gente não consegue acessar com veículo. Nós dependemos do transporte pelo helicóptero do Ibama, o que é um fator complicador”, diz. “Se as pessoas quiserem ir à pé, têm que andar 10 quilômetros, para ir e voltar. Ontem estávamos aqui com 38 graus, o vento muito forte. A umidade relativa do ar está muito baixa, entre 10% e 20%”, explica.
Funcionários do parque informaram que já foram queimados oito mil hectares de vegetação. Destas, três mil somente dentro do perímetro da reserva. Como todos os empregados do parque estão no combate, a área verde ficará fechada, pois não há segurança para os visitantes.
Veja imagens exclusivas do combate ao incêndio na Serra do Cipó