Jornal Estado de Minas

Há pelo menos três meses incêndios devastam a flora e a fauna em Minas

Landercy Hemerson

Parque Nacional da Serra do Cipó, na quarta-feira - Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press.

Minas Gerais não sofre apenas com o forte calor e a escassez de chuva. Há três meses, incêndios devastam a flora, a fauna e os mananciais do estado. Imagens que devem ser guardadas para reflexão. Na segunda-feira, o Parque Nacional da Serra do Cipó, na Região Central, foi fechado para visitação, depois que cerca de 2,5 mil hectares de mata nativa foram consumidos pelo fogo desde a sexta-feira. Na mesma região, entre Cocais e Barão de Cocais, o fogo devastou grande área às margens da MG-436.

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O Parque da Serra da Canastra, no Centro-Oeste mineiro, que enfrentou dois grandes incêndios em julho e setembro, ontem voltou a queimar na área de Delfinópolis. Em Carrancas, Sul de Minas, na serra que dá nome à cidade, as chamas seguiam descontroladas ontem à noite. Na Grande BH, o Parque do Rola-Moça já perdeu mais de 50% de área.

A Serra do Curral também teve áreas queimadas.

Bombeiros registraram ontem pelo menos quatro incêndios em vegetação na região metropolitana: rodovia MG-020, no Ribeiro de Abreu, Norte da capital; na BR-381, no km 435, em Sabará; em Vespasiano, no Bairro Imperial, perto da MG-010; e às margens da BR-356, no Belvedere, Centro-Sul de BH. Somente este mês, até a terça-feira, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram mais de 2,5 mil focos ativos de calor, número duas vezes maior do que os 1.221 focos de todo outubro do ano passado no estado. Um crime contra a natureza, que deixa o ar seco da capital e de outras cidades ainda mais pesado e carregado de fumaça.


Balanço do Corpo de Bombeiros aponta que na quarta-feira foram registradas 130 ocorrências de incêndio em vegetações na Grande BH, sendo 108 em mata e 22 em lotes vagos. .