Em Igarapé, Grande BH, a vazão do Córrego Estivas, que atende cerca de 40% da população, caiu tanto que afetou o abastecimento. A Copasa disse ter realizado manobras operacionais no sistema e deslocado caminhões-pipa para hospitais, escolas e creches. Esse cenário, segundo a empresa, vem sendo provocado pelo baixo índice de chuvas registradas no último verão. “Em algumas regiões do estado, foram registradas precipitações até 40% menores do que os índices médios dos últimos 10 anos. Em várias delas, a redução do índice pluviométrico superou os 50%. Os especialistas alertam que não há registro de secas tão intensas em Minas nos últimos 100 anos”, informou a Copasa.
Apesar do quadro crítico, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), afastou a possibilidade de racionamento de água. Ele disse que a central de operação do sistema de abastecimento da Copasa é de alto nível e ressaltou que a capital e região metropolitana são abastecidas por três bacias hidrográficas. “A Copasa não nos deu notícia, mesmo quando perguntada, de uma possível crise de abastecimento e, na medida em que os meteorologistas estão dizendo que o início das chuvas é no final do mês, então esse risco tende a ser menor”, afirmou.
Enquanto isso...
...Lançado plano para estação das águas
Foi lançado ontem o Plano de Emergência Pluviométrica para a temporada de chuvas 2014/2015. Os órgãos do governo estadual que têm atuação em ocorrências causadas por enchentes ou alagamentos apresentaram a estrutura de trabalho para dar resposta às demandas durante o período que vai até abril do ano que vem. A previsão é de que as chuvas se concentrem em dezembro, assim como aconteceu na temporada 2013/2014, com fortes temporais. O estado terá dois radares meteorológicos para analisar as condições climáticas e prever tempestades. Juntos, os equipamentos de São Francisco (Norte de Minas) e Mateus Leme (Grande BH) têm tecnologia suficiente para rastrear a situação em 522 municípios mineiros.