Jornal Estado de Minas

Chuva em BH alivia calor e aumenta umidade relativa do ar

No domingo, BH teve recorde de temperatura e a mínima na manhã desta segunda-feira foi de 20 graus na Região da Pampulha. Com a chegada das águas, a umidade relativa que ficou perto de 20% em BH e outras cidades mineiras alcança a casa dos 40%

Luana Cruz Landercy Hemerson Márcia Maria Cruz Pedro Cerqueira

Praça do Papa, na Região Centro-Sul de BH, na manhã desta segunda-feira - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press

A chuva chegou de vez a Belo Horizonte e região metropolitana.

Mesmo fraquinha, ela veio para aliviar o calor e melhorar a qualidade do ar registrada nos últimos dias. No domingo, BH teve recorde de temperatura. Na manhã desta segunda-feira, segundo o meteorologista Daian Diniz de Carvalho, do Instituto Puc Minas Tempo Clima, a temperatura mínima foi de 20 graus, na Região da Pampulha. A tendência é que o tempo continue instável com precipitação por todo o dia ou pancadas de chuva no fim da tarde.

Ainda de acordo com o meteorologista, além da Grande BH, há previsão de chuva para o Sul de Minas, Triângulo, Zona da Mata e Vale do Rio Doce, quase na divisa com o Espírito Santo. Nessas regiões, as temperaturas não vão baixar tanto, mas há uma mudança em relação ao calor do fim de semana.

Na terça-feira e quarta-feira a chuva deve atingir toda Minas Gerais, com precipitações de curta duração e intensidade moderada.
Segundo o meteorologista, com a chegada das águas, a umidade relativa, que ficou perto de 20% em BH e outras cidades mineiras, alcança a casa dos 40%, uma melhora significativa para qualidade do ar.

Veja a ventania e chuva na Avenida Raja Gabaglia, em BH



Saiba como foi o domingo de calor

A “bolha de calor” que está sobre Minas Gerais desde o começo da semana passada levou a mais um recorde de temperatura em Belo Horizonte, com os termômetros alcançando 36,6 graus, maior marca do ano na capital. O recorde histórico na cidade é de 37,1 graus, registrado em outubro de 2012. E para enfrentar tanto calor em pleno domingo, dia de lazer, os belo-horizontinos optaram por roupas leves e muita hidratação à base de água de coco e caldo de cana. No fim da tarde, uma chuva ligeira em algumas regiões da capital aliviou um pouco o calor.

Na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul de BH, o bancário Alexandre Júnior da Silva, de 38 anos, e a mulher, a auxiliar administrativa Valéria Barbosa, de 38, estenderam uma canga sobre o gramado, onde deitaram o filho, Achilles Emanuel, de 7 meses, enquanto aproveitavam a brisa no espaço aberto. “Viemos em busca de ar puro para refrescar um pouco. Escolhemos ficar em um lugar próximo à fonte de água potável para mantermos a mamadeira sempre abastecida. Também trouxemos suco de laranja”, disse Alexandre. O sobrinho do casal, Thales Rafael Nunes Barbosa, de 12, aproveitou para tirar a camisa e brincar. “Neste calor, também gosto muito de ir para a casa de meu avô, onde tem horta e muitas árvores. Lá, tomo banho de mangueira e também dou banho nos cachorros.”

Nas praças, as fontes de água eram um oásis para quem queria se hidratar e se refrescar. Molhar o rosto, a cabeça, as mãos e os braços era a solução para quem saiu de casa para caminhar e buscava minimizar os efeitos do dia mais quente do ano. “Buscamos locais com sombra e muito verde.
Parece que isso ajuda a afastar o calor”, afirmou a estudante Laura Pimenta da Silva, de 23. Ela e o namorado, que gostam muito de passear nas áreas verdes no entorno da capital, ontem foram para a Praça da Liberdade.

Diego, Bruna e Fernando: hidratação com água de coco no domingo de calor insuportável - Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press. Brasil.

No entorno da Lagoa da Pampulha, quem gosta de se exercitar não abriu mão de pedalar na ciclovia, apesar do sol forte. As barracas de água de coco e de caldo de cana, comuns na região, se tornaram pontos obrigatórios para quem queria se manter hidratado. Por toda a orla, havia filas nas barracas e trailers, fazendo a alegria dos comerciantes. O casal Diego Nascimento Camargos, de 26, e Bruna Dorneles Foureaux, de 19, recorreu à água de coco e aproveitou para dar a bebida ao filho Fernando, de 7 meses.

“Hoje está muito mais quente do que nos últimos dias. O Fernando estava suando muito, de escorrer. Tiramos a camisa dele e viemos para o ar livre”, afirmou Diego. Para o vendedor de água de coco Wilson Werneck, de 57, o calor não trouxe nenhum incômodo. Pelo contrário, pois aumentou seu faturamento. “Vendi 250 cocos”, informou.

Na fila para comprar caldo de cana, o bancário Marcus Paulo Fernandes, de 23, não reclamou da espera até ser atendido.
“Não estou com pressa”, disse. Para ele, o ideal ontem seria ficar todo o tempo em uma piscina bem gelada. “Sou muito calorento e hoje está muito quente”, disse..