As investigações, que duraram dois meses, começaram depois que quatro vítimas procuraram a Polícia Civil para denunciar o profissional. De acordo com o delegado Felipe Pontual Meira Rosa, o homem usava de fraude para praticar os atos libidinosos, dizendo que a forma como examinava as pacientes fazia parte de um protocolo de atendimento na área de ginecologia.
Conforme a investigação, o médico negava a entrada de enfermeiras ou acompanhantes para o atendimento às pacientes e, muitas vezes, não fazia uso de luvas. Ele também tentava masturbar as mulheres que, ao perceberem, interrompiam o ato. Ainda segundo a polícia, enquanto atendida em outra cidade, ele expôs o órgão sexual sem que a vítima percebesse e tentou penetrá-la.
O delegado não divulgou o nome do médico e nem das vítimas. O caso corre em segredo de Justiça.
Ainda de acordo com Felipe Pontual, o crime do qual o médico é suspeito está previsto no artigo 215 do Código Penal Brasileiro como “violação sexual mediante fraude”, que é quando o criminoso engana a vítima para praticar o abuso sexual. Conforme o delegado, as vítimas costumam suspeitar que algo está errado, mas não poderiam afirmar que era um crime. “Nesse caso, ele utiliza do ardil dizendo que faz parte do exame, mas não faz. É importante para que outras vítimas vejam e possam procurar (a polícia)", explica o delegado. A pena para este crime varia de dois a seis anos de prisão. .