Comerciantes e moradores da Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, se reuniram ontem à noite com representantes da prefeitura, Ministério Público e Polícia Militar para traçar planos de ações voltada à segurança na região e propor caminhos para atuar com a população em situação de rua. O encontro ocorreu na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), responsável pela iniciativa. “Queremos juntos, de forma interdisciplinar, criar estratégias para enfrentar essa situação complexa. Estamos abrindo uma agenda de debates que envolve vários setores, pois o morador de rua é uma questão social e não apenas de segurança pública”, destacou Alessandro Runcini, diretor do Conselho CDL Savassi.
O promotor de Justiça Paulo César Lima, da coordenadoria de Inclusão e Mobilização Social do MP, apoiou a iniciativa do CDL. “Esse é um quadro mundial, que converge para a busca de uma saída para essas pessoas que estão hoje em condições de fragilidade.” Para Lima, a discussão da questão da população de rua juntos aos vários órgãos envolvidos, caminha para soluções que evitem a judicialização do conflito, como forma de garantir do “mínimo existencial” do morador de rua.
A pedagoga Soraya Romina, assessora de Secretaria Municipal de Políticas Sociais, afirma que 94% da população de rua quer deixar essa condição. “Buscamos uma ação integrada, que tenha uma convergência de propostas na área de assistência social, cultura, trabalho e segurança”, assinalou. Ela saiu da reunião animada, diante da perspectiva de ações positivas em cada um dos setores. Já o major Marcellus de Castro, da 4ª Companhia da Polícia Militar, disse que a corporação vai trabalhar em parceria, com ações pontuais de identificação de criminosos infiltrados em meio a população em situação de rua.