De acordo com o secretário-adjunto da Seds, Robson Lucas da Silva, o modelo de fiscalização itinerante está sendo testado na capital. “É uma resposta à banalização do uso de redes sociais por motoristas infratores, que buscam rotas alternativas para fugir das blitzes fixas. É um projeto-piloto, que, nas últimas duas quinta-feiras, apresentou resultados positivos”, disse. O secretário sugere que a inovação veio para ficar.
Robson explica que o cerco aos condutores que dirigem sob efeito de bebidas alcoólicas não se limita a BH, mas ocorre também em 12 cidades-polo: Juiz de Fora, Governador Valadares, Montes Claros, Ipatinga, Contagem, Betim, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Uberaba, Uberlândia, Divinópolis e Lavras. “A campanha prevê ainda blitzes em pontos fixos, operação-labirinto, com fechamento de vias próximas a áreas de bares e restaurantes, e ainda ações nos grandes corredores de trânsito, em que policiais próximos a cruzamentos com semáforos abordam condutores suspeitos”, explicou.
As operações com policiais descaracterizados de quinta-feira ocorreram em vários pontos da Região Centro-Sul de BH. Ao todo, seis pessoas tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida por dirigir alcoolizadas e um motorista foi preso por crime de trânsito – quando o índice de álcool por litro de ar expelido no pulmão supera 0,34 miligramas. Na primeira edição, há uma semana, no Prado, Oeste da capital, foram seis condutores flagrados, dois por crime de trânsito, entre eles um médico.
As blitzes itinerantes adotam o modelo desenvolvido por policiais espanhóis. Os agentes do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) ficam em regiões boêmias descaracterizados, observando motoristas que bebem e saem dirigindo. Quando avistam um suspeito no carro, acionam a Polícia Militar e a Guarda Municipal, que ficam em pontos estratégicos, próximos aos locais, para fazer a abordagem..