Na segunda edição da blitz itinerante na capital, sete motoristas foram flagrados pelo bafômetros em Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), até sexta-feira já havia 13 condutores surpreendidos pela nova modalidade de fiscalização, em que policiais civis à paisana em bares monitoram pessoas que, mesmo depois de ingerir bebidas alcoólicas, saem dirigindo. A ação faz parte da campanha “Sou pela vida. Dirijo sem bebida”, iniciada em junho de 2011 em BH, que já abordou mais de 140 mil veículos, com 4,5 mil motoristas punidos por dirigir alcoolizados na capital.
De acordo com o secretário-adjunto da Seds, Robson Lucas da Silva, o modelo de fiscalização itinerante está sendo testado na capital. “É uma resposta à banalização do uso de redes sociais por motoristas infratores, que buscam rotas alternativas para fugir das blitzes fixas. É um projeto-piloto, que, nas últimas duas quinta-feiras, apresentou resultados positivos”, disse. O secretário sugere que a inovação veio para ficar. “É um procedimento que, com muita convicção, digo ser um indicativo de que a lei é séria e visa a resguardar a integridade dos cidadãos, evitando que sejam expostos aos riscos de motoristas embriagados.”
As operações com policiais descaracterizados de quinta-feira ocorreram em vários pontos da Região Centro-Sul de BH. Ao todo, seis pessoas tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida por dirigir alcoolizadas e um motorista foi preso por crime de trânsito – quando o índice de álcool por litro de ar expelido no pulmão supera 0,34 miligramas. Na primeira edição, há uma semana, no Prado, Oeste da capital, foram seis condutores flagrados, dois por crime de trânsito, entre eles um médico.
As blitzes itinerantes adotam o modelo desenvolvido por policiais espanhóis. Os agentes do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) ficam em regiões boêmias descaracterizados, observando motoristas que bebem e saem dirigindo. Quando avistam um suspeito no carro, acionam a Polícia Militar e a Guarda Municipal, que ficam em pontos estratégicos, próximos aos locais, para fazer a abordagem.