Estavam previstos depoimentos de 10 testemunhas – cinco de acusação e cinco de defesa. Gabriela responde por homicídio, sequestro, cárcere privado, extorsão, associação criminosa e destruição e ocultação de cadáver. A médica, apontada como gerente do Bando da Degola, está solta desde 6 de junho de 2010 depois de um habeas corpus que a tirou do Presídio São Joaquim de Bicas II.
As investigações do crime contra os empresários complicam a situação de Gabriela. Embora a defesa da jovem sustente que todos os atos dela ocorreram sob ameaça e coerção, na lista de atividades da organização, a médica responderia pela emissão de receitas de medicamentos usados para dopar as vítimas, em alguns casos comprados por ela própria.
As investigações apontam que Gabriela cuidava pessoalmente da administração das contas e do controle da movimentação financeira do grupo, assistindo ainda a várias sessões de tortura das vítimas. A acusada ainda aguarda a sentença de pronúncia.
Oito pessoas são acusadas de arquitetar o crime, sendo que quatro delas já foram condenadas. O primeiro a ser julgado, em dezembro de 2011, foi o ex-cabo da Polícia Militar (PM) Renato Mozer. Ele foi condenado a 59 anos de prisão pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, sequestro, ocultação de cadáver e formação de quadrilha.
Em julho de 2013 foi a vez do ex-estudante Arlindo Soares, sentenciado pelos crimes de homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. A sua pena foi de 44 anos de reclusão.
Frederico Flores, apontado como o líder do bando, sentou no banco dos réus em setembro do ano passado. Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, extorsão, formação de quadrilha, sequestro e cárcere privado. Mesmo assim, sua sentença foi a menor até agora. O ex-estudante de direito pegou 39 anos de prisão.
Em julho deste ano, o garçom norte-americano Adrian Gabriel Grigorcea foi condenado a 30 anos de prisão por homicídio qualificado e formação quadrilha. Em setembro, o pastor Sidney Eduardo Beijamin foi condenado a três anos de reclusão em regime aberto por destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. O conselho de sentença absolveu o réu pelos crimes de duplo homicídio, extorsão e cárcere privado..