A medida tem como finalidade conservar a pouca água que ainda há na represa, evitando que o volume útil de armazenamento chegue a zero, atingindo o chamado volume morto. Caso isso acontecesse, acarretaria problemas no abastecimento das cidades localizadas abaixo da UHE, além de comprometer o maquinal que dá funcionamento a seis turbinas existentes no reservatório. Atualmente, apenas duas delas estão em atividade. “Temos que aproveitar que está chovendo, e praticar a redução, assim não precisaremos utilizar o volume morto”, disse Marcelo de Deus, gerente de Distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, responsável pela operação da UHE.
O engenheiro a cargo da manutenção da represa, Carlos Aloysio Costa Diniz, afirmou que testes estão sendo feitos mensalmente pela companhia energética para saber até quando a água útil disponível no reservatório passará pelas turbinas, uma vez que ela vem diminuído rapidamente. “Com 3,08%, que é o volume atual – pior índice da história -, ela está passando. Fizemos os testes em meados de outubro.
A UHE Três Marias foi a primeira a ser construída ao longo do rio São Francisco, em 1962. Em janeiro deste ano, o volume útil dela era de 27,56%.
Durante o encontro na ANA, os técnicos também decidiram manter a vazão defluente da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, em 1.100 m3/s. Desde a Resolução nº 442, da ANA, de 8 de abril de 2013, está em vigor este patamar mínimo..