Pelo menos quatro pessoas serão indiciadas no inquérito que apura a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes, que causou duas mortes e deixou 23 feridos em 3 de julho deste ano, na Avenida Pedro I, Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo uma fonte que teve acesso ao laudo oficial, as investigações estão divididas em quatro fases (elaboração do projeto, execução da obra, fiscalização e desabamento) e para cada uma haverá pelo menos um responsabilizado. Os envolvidos são as construtoras Consol, responsável pela elaboração do projeto, e Cowan, que executou a obra, a Prefeitura de Belo Horizonte, que contratou os serviços, e a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), braço do município responsável por fiscalizar os trabalhos.
O delegado que conduz o inquérito, Hugo e Silva, não comenta o andamento das investigações. Ele já interrogou mais de 60 pessoas. Ontem, foram ouvidos dois engenheiros da Cowan, um responsável técnico pela obra e outro gerente de projetos. Segundo o advogado da empresa, Luiz Carlos Abritta, eles foram questionados sobre a situação que levou à queda do viaduto e qual seria em tese a causa do desabamento. “O laudo oficial é bem objetivo ao afirmar que a queda se deu em função do erro do projeto de cálculo feito pela Consol. A execução da Cowan seguiu estritamente o que constava no projeto da Consol”, afirmou o advogado, embora tenha ponderado que a projetista é empresa tradicional na área, e considerado a situação “totalmente atípica e específica”, disse.