A delegada de Itabirito, na Região Central de Minas, responsável pela investigação do deslizamento na Mineradora Herculano, que deixou dois mortos e um desaparecido, pediu mais prazo para conclusão do inquérito sobre o acidente. Segundo a Polícia Civil, a perícia que vai apontar as causas do rompimento da barragem ainda não está pronta. A Justiça autorizou dilação do prazo por mais 30 dias, contando a partir de 24 de outubro.
A barragem rompeu na manhã do dia 10 de setembro. Dois corpos foram retirados da lama, o do topógrafo Reinaldo da Costa Melo e do motorista de caminhão Cristiano Fernandes da Silva. O operador de retroescavadeira Adilson Aparecido Batista, ficou desaparecido em meio ao rejeito de minério e depois de 15 dias do acidente os Corpo de Bombeiros encerrou as buscas.
No fim de setembro, a mineradora contratou uma empresa para fazer um estudo preliminar apontando as causas do deslizamento. O laudo, que não é oficial, apontou que canais subterrâneos originários de um fenômeno geológico raro, conhecido como "inversão de relevo", podem ter levado ao rompimento da barragem.