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Estado de Minas

PF fecha o cerco a quadrilha de bilionária de jogo do bicho e fraudes

Os policias cumprem 12 mandados de prisão temporária e 24 mandados de prisão preventiva em 13 estados, entre eles Minas Gerais


postado em 12/11/2014 09:41 / atualizado em 12/11/2014 11:56

A Polícia Federal (PF) fechou o cerco a uma quadrilha de bilionária de jogo do bicho, máquinas caça-níqueis e emissão de bilhetes de loteria disfarçados como títulos de capitalização. Os policias cumprem 12 mandados de prisão temporária, 24 mandados de prisão preventiva, 57 mandados de busca e apreensão, 47 mandados de sequestro de valores, sequestro de bens imóveis e de automóveis de luxo.

Em Minas foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, em uma residência e duas empresas, além de um mandado de prisão preventiva, cujo alvo havia viajado para Salvador (BA), onde foi preso. Foram apreendidos documentos e R$ 29 mil em dinheiro. A operação ocorre também em outros 12 estados.

De acordo com a corporação, a organização criminosa operava por meio de loterias estaduais, cujos valores arrecadados eram repassados a entidades filantrópicas de fachada, fazendo com que o dinheiro ilícito retornasse ao grupo, em procedimento suspeito, com fortes indícios de lavagem de dinheiro. Outro “braço” da quadrilha, com sede no estado de São Paulo, era responsável pelo fornecimento de máquinas eletrônicas programáveis (caça-níqueis), tanto para Pernambuco como para outros estados e até para o exterior.

Um terceiro ramo da organização figurava como instituição financeira seguradora de incontáveis bancas de jogo do bicho no Nordeste brasileiro, garantindo o pagamento dos prêmios e promovendo lavagem de dinheiro.

O tronco principal da organização registrou uma movimentação financeira registrada em bilhões de reais e atuava tanto no jogo do bicho como a comercialização de bilhetes lotéricos ocultados em título de capitalização em sua modalidade popular. Os bandidos apropriavam-se dos valores que deveriam ser destinados a instituições beneficentes ou revertidos em capitalização.

Os investigados podem responder pela prática do crime de contrabando, crime contra o Sistema Financeiro Nacional, jogo de azar e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas ultrapassam o limite de trinta anos.

Cerca de 300 policiais participam das investigações, que estão sendo executadas, simultaneamente, em Pernambuco, Alagoas, Amazonas, Bahia, Espirito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande de Sul e Minas. Os trabalhos contam com o apoio da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, da Superintendência de Seguros Privados e da Receita Federal.


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