Jornal Estado de Minas

Justiça de Ouro Preto nega ter autorizado ex-delegado a frequentar faculdade

Acusado de matar a ex-namorada, Geraldo Toledo foi flagrado nesta quinta-feira entrando em uma escola de ensino superior

A Justiça de Ouro Preto negou que tenha autorizado o ex-delegado Geraldo Toledo, acusado de matar a ex-namorada em abril de 2013, a fazer um curso à distância em Belo Horizonte.
Toledo foi flagrado pela TV Alterosa entrando em uma faculdade no Bairro Floresta, Região Leste da capital. A Polícia Civil disse à reportagem do em.com.br que existe uma autorização da Justiça de Ouro Preto, com parecer favorável do Ministério Público, para o ex-delegado fazer este curso e que o comparecimento dele ao local acontece apenas em períodos de provas. Entretanto, a informação foi negada pela Comarca de Ouro Preto.

De acordo com a juíza de Direito da Vara Criminal da Infância e da Juventude, o ex-delegado requereu autorização para frequentar o curso de História, na modalidade à distância, bem como para as visitas presenciais até o final do ano. Porém, não houve nenhuma autorização judicial nesse sentido.

Mais cedo, o delegado Aci Alves dos Santos, responsável pela Casa de Custódia onde o ex-delegado está preso, havia informado que Toledo havia saído para um tratamento médico. A saída estaria de acordo com o artigo 120 da Lei de Execuções Penais, no qual está especificado que não é necessária autorização judicial para deixar a prisão em caso de tratamentos de saúde.

Por causa da morte de Amanda, Toledo foi preso e ficou sete meses na Casa de Custódia da Polícia Civil, no Bairro Horto. Depois foi transferido para a Penitenciária Jason Soares Albergaria, no Bairro Primavera, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o ex-delegado voltou para a Casa de Custódia da Polícia Civil em janeiro deste ano, onde permanece preso por outros crimes, cometidos quando ainda era delegado do Detran.


Com informações de Alessandra Alves
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