A juíza da Vara Criminal de Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, reafirmou nesta sexta-feira que não autorizou a saída do ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo, de 41 anos, da Casa de Custódia de Belo Horizonte. A magistrada respondeu oficialmente ao despacho do desembargador Renato Martins Jacob, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que pediu explicações sobre a situação do detento depois que ele foi flagrado na quarta-feira por equipe da TV Alterosa quando chegava num polo de uma universidade de educação à distância no Bairro Floresta, Leste da capital.
No despacho ao desembargador, a juíza disse que o “detento requereu autorização para frequentar o curso de história da Uniube na modalidade à distância, com visitas presenciais, até o fim do ano. Entretanto não há, até a presente data, autorização neste sentido”.
Depois a corporação informou que existe uma autorização da Justiça de Ouro Preto, com parecer favorável do Ministério Público, para o ex-delegado fazer o curso de história e que o comparecimento dele ao local acontece apenas em períodos de provas. Como a Justiça negou a existência dessa autorização, a Polícia Civil informou, à noite, que uma investigação será aberta para apurar se há irregularidade na saída.
Toledo responde por homicídio da ex-namorada, Amanda Linhares, de 17 anos, crime que ocorreu em Ouro Preto no ano passado. Amanda foi atingida com um tiro na cabeça depois de ter sido vista em companhia do delegado. Geraldo Toledo afirma que ela se matou. Além de aguardar julgamento pelo assassinato da jovem, ele foi expulso da Polícia Civil pelo envolvimento em fraudes ligadas a licenciamento de veículos, quando trabalhava na Delegacia de Trânsito (Detran/MG).