O céu da Praça Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efigênia, na Região Leste de BH, foi tomado de balões laranjas no fim da manhã de ontem. O momento marcava a celebração do Dia Mundial de Homenagem às Vítimas de Trânsito. Homens, mulheres e crianças fizeram ainda um abraço simbólico no meio da praça e deixaram rosas brancas em um marco do evento, em lembrança àquelas pessoas que perderam suas vidas nas tragédias do tráfego e às que levam no corpo as sequelas dos desastres sofridos nas ruas e rodovias do país. Os presentes participaram de atividades com pedido de paz e conscientização de motoristas e pedestres.
Dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) apontam que, de janeiro a agosto deste ano, foram contabilizadas 66.044 ocorrências de acidentes com vítimas em Minas, sendo 1.544 delas com pelo menos uma morte. Em 2013, no país, foram 54 mil mortes provocadas pelas tragédias no trânsito.
O secretário-adjunto da Seds, Robson Lucas da Silva, afirmou que há uma proposta de manter permanentemente as ações conjuntas no estado com todos os órgãos que têm atribuição no trânsito. O objetivo é diminuir o número alarmante de acidentes em Minas e garantir a preservação da vida. “Precisamos continuar as campanhas educativas, falar da segurança no tráfego e discutir as melhorias no socorro às vítimas”, disse Silva.
De acordo com o diretor-geral do Detran-MG, delegado Anderson Alcântara, que também participou do evento, há um cronograma de ações – educativas, de orientação e de repressão – até o fim do ano.
CAMPANHA A pedagoga Maria Beatriz Costa Pereira perdeu a filha num acidente de carro, em abril de 1999. A radiologista Flávia Costa Pereira tinha 26 anos à época. Ela seguia pela Avenida Pedro II, a caminho do Hospital Odilon Behrens, quando teve o carro atingido na lateral por um condutor de um outro veículo, que avançou o sinal. Desde a perda da filha, Maria Beatriz criou o movimento Viva e Deixe Viver. “A educação deve começar no meio familiar. Mas há pais que não se envolvem, como aqueles que bebem em um churrasco e depois assumem a direção de um veículo. Que exemplo eles estão dando aos filhos?”, questionou a pedagoga..