Jornal Estado de Minas

Polícia investiga morte de jovem após briga em boate de Juiz de Fora

Jorge Macedo - especial para o EM
Landercy Hemerson


- Foto: Reprodução Facebook
A Delegacia de Homicídios de Juiz de Fora, na Zona da Mata, investiga se o técnico em eletrônica Matheus Goldoni Ribeiro, de 18 anos, foi assassinado ou teve morte acidental. No fim da tarde de ontem, foram encerrados os exames de necropsia no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Os primeiros levantamentos não apontaram marcas de agressões, o que pode descartar um homicídio. O delegado Rodrigo Rolli, que investiga o caso, não confirmou as informações e afirmou que nos próximos dias terá apuradas as circunstâncias da morte.

Matheus Goldoni estava desaparecido desde a madrugada do sábado, depois de se envolver numa briga na boate Privilège, no Morro do Imperador, Bairro São Pedro, Oeste de Juiz de Fora. Ele foi visto pela última vez descendo correndo a Estrada Engenheiro Gentil Forn, em direção a uma mata, depois de ser retirado da casa noturna por seguranças. Há informações de que ele estaria sendo perseguido pelos funcionários da boate, conforme registrado pela família do rapaz em boletim de ocorrência da Polícia Militar.

No fim da manhã de ontem, Goldoni foi encontrado morto numa cachoeira na mata do Bairro Borboleta. Segundo uma fonte do IML, o corpo estava arrepiado, o que sugere que estava vivo quando chegou na base da cachoeira. “Já iniciamos as apurações e, a partir dos exames locais e no IML, teremos com certeza uma definição da causa da morte”, destacou Rolli.


“Sobre o episódio na boate, os responsáveis pelo estabelecimento já foram procurados e, na quinta-feira, os dois seguranças que colocaram o jovem da casa noturna vão prestar depoimento. Não temos elementos, ainda, para dizer se foi homicídio ou morte acidental, o que será esclarecido até o fim da semana”, completou o delegado. O policial admite que, mesmo em se tratando de morte acidental ou natural, será investigado se Matheus entrou na mata para se refugiar de possíveis agressores, que podem ser responsabilizados criminalmente.

No começo da noite de ontem, os parentes do rapaz aguardavam a liberação do corpo no IML para realizar o velório. A previsão é de que o enterro ocorra no fim da manhã de hoje, no cemitério municipal. “A família acredita em homicídio. Esperamos que a polícia apure as responsabilidades. Há informações de que ele teria se envolvido numa briga dentro da boate. Achamos que ele foi alvo de um crime covarde”, desabafou o irmão do técnico, Leandro Goldoni, de 21. Segundo ele, Matheus formou-se recentemente no curso de eletrotécnica, há dois meses estava trabalhando numa loja de manutenção de telefones celulares e não tinha envolvimento em confusões.

NOTA Por meio de nota, os responsáveis pelo Privilège Club, de Juiz de Fora, lamentaram a morte de Matheus Goldoni e se disseram solidário aos familiares. A nota informa ainda que os proprietários do club procuraram as autoridades policiais e se colocaram à disposição para qualquer esclarecimento necessário à investigação. “O Privilège Juiz de Fora esclarece que foi procurado pelos pais de Matheus na noite do sábado, quando informaram sobre o seu desaparecimento. Matheus se envolveu em um desentendimento com um cliente, dentro da casa, na noite anterior (sexta-feira) e foi convidado a se retirar.
Já do lado de fora, ele foi visto quebrando os retrovisores de alguns carros que estavam estacionados na rua. Em seguida, desceu correndo a Estrada Engenheiro Gentil Forn, não sendo mais visto”, informou a nota da boate..