Jornal Estado de Minas

Vereador propõe abertura da esplanada do Mineirão para concentração de torcedores

O parlamentar também propôs retorno da venda de bebida no estádio. Moradores querem restrição da presença de torcedores no entorno e reforço da Lei Seca para flagrar os bêbados pós-jogo

Luana Cruz
Uma audiência na Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta quinta-feira discutiu a segurança no entorno do estádio Mineirão, na Pampulha.
Como resultado das propostas de moradores e autoridades, o vereador Coronel Piccinini, que propôs a reunião, apresentou duas idéias para tentar aliviar os transtornos na região em dias de jogos, com foco principalmente na partida entre Cruzeiro e Atlético pela Copa do Brasil, no próximo dia 26.

De acordo com o parlamentar, entre 10 a 20 mil pessoas se concentram nas ruas perto do Mineirão antes dos jogos para beber, fazer churrasco e aguardar o início dos jogos. Faltando 20 minutos para início da partida, os torcedores entram apressados no estádio. A proposta do vereador é que a esplanada do Mineirão seja aberta para a concentração dos “aficionado em futebol” até 90 minutos antes dos jogos. Ele também sugeriu que os bares do estádio voltem a vender bebida, até 30 minutos do início das disputas, para aliviar o volume de torcedores nas ruas. Atualmente a venda de bebida no estádio é proibida por lei.

“A gente vê que a situação é muito crítica.
Foram feitas proposições e os órgãos responsáveis vão se reunir para que seja solucionado o problema” relatou o vereador. Na audiência estavam presentes integrantes da BHTrans, Minas Arena, PM, Bombeiros e associações de moradores.

A moradora do Bairro São Luís, Fátima Sueli Carreira, participou do encontro na Câmara de BH. Ela é integrante da associação de moradores dos bairros São Luís e São José, que apresentou duas propostas às autoridades. Uma delas é a intensificação das blitzes da Lei Seca na após jogos e shows para reprimir o consumo excessivo de bebidas alcoólicas por torcedores e público de outros eventos. “Aqui está tento muito churrasquinho, muito carro na porta de garagem, necessidades pessoais na rua. Se o espetáculo é 22h, eles chegam às 15h. Ficam tomando muita cerveja”, conta Carreira.

Outro proposta da associação é a proibição de venda de bebidas em algumas ruas, ficando a comercialização restrita a quarteirões abaixo da Alameda dos Coqueiros, para dificultar a ocupação do público na porta das residências. .