“O alojamento disponibilizado pela contratante é pequeno para o número de pessoas que abriga. Eles não têm armários nem roupa de cama suficiente. As camas ficam amontoadas e alguns alegam dormir no chão da cozinha. Há muitos ratos no local, que até disputam espaço e alimento com os operários”, relatou o auditor fiscal Francisco Teixeira, responsável pela ação. Falta de água potável, mofo, iluminação insuficiente e parte elétrica exposta são outros problemas encontrados no ambiente.
De acordo com Teixeira, os trabalhadores foram aliciados do Piauí, Maranhão, Goiás e Distrito Federal, e alguns deles precisaram custear a própria viagem. Ele diz que mesmo que a empresa se comprometa a sanar as irregularidades, não há possibilidade de manter os operários alojados no imóvel porque o lugar tem o pé direito de 2,30 metros. A Norma Regulamentadora nº 18 exige que essa medida tenha, no mínimo, 2,50 metros.
A SRTE/MG disse que já solicitou a transferência imediata dos trabalhadores para outro local. A remoção do grupo está sendo acompanhada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belo Horizonte (Marreta). Na próxima terça-feira haverá uma reunião entre representantes da empresa e auditores fiscais para tentar solucionar o problema.
Em nota, o Sebrae informou que a Termoeste foi contratada por processo licitatório e é a única responsável pela obra. A entidade disse ainda que o alojamento dos funcionários fica fora dos domínios do Sebrae e que é de inteira responsabilidade da prestadora de serviço. "O Sebrae Minas está acompanhando o processo para garantir que a situação seja resolvida o mais breve possível", finalizou o comunicado..