Um esquema de venda de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está sendo investigado pela Polícia Civil depois da prisão de um homem, morador de Ubá, na Região da Zona da Mata mineira, que prometia os documentos a moradores da cidade. Ailton de Oliveira, de 42 anos, foi detido na porta do Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) quando transportava os interessados em adquirir as carteiras. Ele cobrava o valor de R$ 2 mil. As investigações vão continuar para tentar identificar outros envolvidos com o estelionato.
A prisão de Ailton aconteceu por volta das 10h desta segunda-feira. O homem chegou no Detran com moradores de Ubá que pretendiam comprar a CNH. “Os moradores foram levados para dar baixa no processo. Depois disso, seriam levados para o interior do Rio de Janeiro onde o homem daria andamento no processo”, explica a delegada Sandra Figueiredo.
Os interessados nas CNHs informaram que pagaram de R$ 250 a R$ 5 mil para fazer essa parte do processo.
Ailton já estava sendo investigado pela Polícia Civil por praticar o mesmo golpe. No início deste ano, ele chegou no Detran com uma van lotada de pessoas interessadas no esquema. Os policiais tentaram prendê-lo, mas conseguiu escapar. “Depois disso, a foto dele foi anexada aqui no Detran. Ele já responde a dois inquéritos, um finalizado e outro ainda tramitando, de estelionato. também tem passagens por porte de arma, extorção e infrações de trânsito”, diz Sandra.
Em depoimento, segundo a polícia, Ailton confessou o crime. Ele informou que comete os golpes há mais de três anos e que foi no Detran em três ocasiões. Desta vez, as pessoas que pagaram pelos serviços não foram responsabilizadas. “Neste caso não foram indiciados porque não iniciaram a fraude e não chegaram a usar o documento. Alertamos que o candidato tem que passar por todo o processo para tirar a carteira. Se tentar o processo, está errado e pode responder judicialmente por isso”, comenta a delegada.
Aílton foi preso em flagrante por estelionato. A Polícia Civil mineira vai entrar em contato com o Detran do Rio de Janeiro para dar prosseguimento no inquérito e tentar identificar outras pessoas envolvidas no crime. .