O prazo para a conclusão do inquérito sobre o deslizamento na Mineradora Herculano, em Itabirito, Região Central de Minas, pode ser estendido. A delegada Mellina Isabel Silva Clemente, responsável pela investigação, vai pedir nesta terça à Justiça mais tempo para apurar o caso, que deixou três mortos em setembro deste ano.
Na semana passada, funcionários da mineradora encontraram o corpo de Adilson Aperecido Batista, de 44 anos, que estava desaparecido desde o dia 10 de setembro. Segundo a Polícia Civil, a delegada ainda aguarda o resultado do laudo de necropsia, que deve sair no prazo de um mês, para concluir a perícia.
Ainda conforme a Polícia Civil, a Justiça ainda vai decidir qual o prazo a delegada terá para fechar o inquérito. No início de novembro, a Justiça já havia autorizado dilação do prazo por mais 30 dias, contando a partir do dia 24 de outubro.
No fim de setembro, a mineradora contratou uma empresa para fazer um estudo preliminar apontando as causas do deslizamento. O laudo, que não é oficial, apontou que canais subterrâneos originários de um fenômeno geológico raro, conhecido como "inversão de relevo", podem ter levado ao rompimento da barragem. Além de Adilson, o topógrafo Reinaldo da Costa Melo e o motorista de caminhão Cristiano Fernandes da Silva também morreram no deslizamento.