De acordo com a versão dos militares, o jovem morto, Alexandre de Souza, tentava resgatar o menor que foi apreendido com drogas. Moradores também teriam tentado tomar a arma do policial, que acabou disparando. Testemunhas da comunidade dizem que o tiro foi proposital e que as drogas foram plantadas para encobrir o assassinato. O corpo de Alexandre foi enterrado ontem.
Em nota, o batalhão informou que o local do crime, o Beco Biguatinga “é conhecido ponto de tráfico de drogas”. “Só nos últimos quatro meses, houve quatro registros de apreensão de drogas e prisão de traficantes. Assim, a Polícia Militar realiza operações frequentes para combater a criminalidade naquele lugar.” Ainda segundo o texto, no dia da morte, houve uma operação que resultou na apreensão de um menor de 15 anos, que fugia com oito pinos de cocaína. Um militar o conteve, mas Alexandre e um grupo de pessoas tentou resgatar o menor e tomar a arma do policial, quando correu o disparo acidental.
De acordo com a PM, a vítima foi socorrida, vindo a morrer na UPA Oeste. “Alexandre já havia sido preso por tráfico, porte ilegal de arma e direção perigosa, após fugir de uma abordagem policial. Os policiais foram agredidos com pedradas, chutes e socos. Sofreram lesões na cabeça e nos braços. Duas viaturas foram danificadas”, informou a nota.
APURAÇÕES O pai de Alexandre, o assessor parlamentar e líder comunitário Elton Moura, de 61, diz confiar nas apurações da Polícia Civil e da Polícia Militar. “Não quero me envolver nisso, nem minha família. Acredito na justiça divina. Nada vai trazer meu filho de volta e, depois que o enterrei, todos puderam ver pelo tanto de pessoas que foram ao cemitério que ele era querido e bom, ao contrário do que possam dizer”, afirma.