De acordo com a PF, a organização criminosa era investigada há um ano e meio e tinha como líder um dos principais fornecedores de drogas para o Primeiro Comando da Capital (PCC). O traficante cumpria pena em regime semiaberto em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e morava em Iturama, no Triângulo mineiro, de onde articulava todos os movimentos do grupo, fingindo ser um pecuarista.
Ainda segundo a polícia, outro membro com papel importante na organização criminosa ficou conhecido pelo envolvimento no furto ao Banco Central de Fortaleza em 2005, considerado o maior roubo da história do país. Atualmente ele controlava o tráfico de drogas na segunda maior favela de São Paulo.
A quadrilha comprava a cocaína na Bolívia e trazia para o Brasil em aeronaves, usando pistas de pouso localizadas nas divisas entre Minas e Goiás, ou por terra, entrando no Brasil pela cidade de Corumbá (MS). Conforme as investigações, a droga era armazenada e transportada posteriormente em veículos com compartimentos ocultos até os compradores finais em São Paulo e Rio de Janeiro. O pagamento era feito por envio ou coleta de dinheiro, em reais ou dólares, depósitos em contas bancárias próprias ou de terceiros, ou, ainda, por remessa de dólares por meio de casas de câmbio.
Durante a investigação da Polícia Federal foram presas em flagrante 16 pessoas e apreendidos 721 quilos de cocaína, um caminhão, R$ 400 mil e 400 mil dólares.