A Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou melhora no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre 2000 e 2010, saindo da faixa de Médio para Alto Desenvolvimento Humano. É o que aponta o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas. Elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fundação João Pinheiro e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o estudo foi divulgado nesta terça-feira.
O IDHM é um índice que agrega três dimensões do desenvolvimento: vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e padrão de vida que garanta as necessidades básicas, representadas pela saúde, educação e renda. Os números vão de 0, que seria a pior classificação, a 1, que seria a melhor.
Em 2010, a Região Metropolitana de Belo Horizonte tinha um grau de urbanização de 98,1%. A taxa de crescimento da população entre 2000 e 2010 foi de 1,5% ao ano. Em 2000, o IDHM da Grande BH era igual a 0,682. Em 2010, ao alcançar 0,774, a região saiu da classificação de Médio para Alto Desenvolvimento Humano, lembrando que quanto mais perto de 1, melhor é a classificação. A região tem o 4º maior IDHM. A primeira é São Paulo (0,794), seguida por Distrito Federal (0,792), e Curitiba (0,783).
Considerando as dimensões de desenvolvimento separadamente, o IDHM Longevidade saltou de 0,784 para 0,849 e o índice referente à Renda, no mesmo período, foi de 0,737 para 0,788. Em termos absolutos, a dimensão que mais evoluiu foi Educação, que era de 0,549 em 2010, passou para 0,694, configurando um aumento de 0,145.
MAPA DA DESIGUALDADE A pesquisa ainda considera a subdivisão de Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), conceito próximo ao de bairros, para a avaliação. A análise das unidades da Grande BH revelam que ainda há desigualdade nas diversas áreas consideradas pela pesquisa, embora haja retração em relação ao ano 2000.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, as três unidades com o maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal são Santo Agostinho/Lourdes (0,965), Savassi: Boa Viagem/Funcionários (0,954) e Belvedere (0,951).
Já as três UDHs com o menor índice são Vila Baronesa/Av. Oceania: Vila das Acácias, Vila Bom Destino: Loteamento Bom Destino e Vila das Antenas: Conjunto Palmital/Av. João Batista Lima/Av. Inácio de Loiola Oliveira, todas com 0,597.
No índice de longevidade, as campeãs são as UDHs Belvedere, Clube Retiro das Pedras: Retiro das Pedras, Condomínio Alphaville, Mangabeiras/Parque das Mangabeiras e Morro do Chapéu, com 0,951. As outras duas UDHs consideradas, Piedade do Paraopeba: Retiro do Chalé e Serra do Curral: Serra Del Rey/Expansão da Zona Sul, têm o mesmo índice. A pior UDH Longevidade da região é a Vila Baronesa/Avenida Oceania: Vila das Acácias, com 0,736.
As 13 UDHs correspondentes aos bairros da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, além de condomínios em Nova Lima, apresentam IDHM Renda de 1,000, índice superior ao total da Região Metropolitana de Belo Horizonte (0,788 em 2010).