Jornal Estado de Minas

Famílias que moram às margens do Anel Rodoviário começam a ser retiradas

O despejo de aproximadamente 4 mil famílias é para obras de ampliação da rodovia

João Henrique do Vale
Famílias retiradas viviam na Região da Vila da Paz - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press

As famílias que vivem às margens do Anel Rodoviário de Belo Horizonte começaram a ser removidas para obras de revitalização da rodovia. Nessa segunda-feira, moradores da Vila da Paz, localizado entre os bairros Santa Cruz e Universitário, foram os primeiros a sair. A necessidade da retirada é considerada urgente para a realização de obras emergenciais nos viadutos por onde se estende o aglomerado. A medida estava prevista em uma conciliação entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e as famílias comandada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, na última terça-feira. O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União participaram do encontro.

De acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), aproximadamente 20 famílias foram retiradas e levadas para residências alugadas na região. Os moradores receberão aluguéis sociais até que sejam alocadas em residências definitivas, em projeto de habitação popular ou em outra modalidade a ser definida dentro do Programa de Conciliação. O defensor Estêvão Ferreira Couto e os peritos nomeados pela Justiça Federal acompanharam o encaminhamento das famílias para residências alugadas na região.
A expectativa é que outro grupo de famílias seja retirado da Vila da Paz até o final do ano.

Para a ampliação da BR-381 e o Anel Rodoviário, o Dnit pretente desapropriar 1.970 famílias e reassentar 5 mil de Belo Horizonte até Governador Valadares. Destas, 1.370 desapropriações e 3 mil reassentamentos são na região do Anel Rodoviário. .