A orientação da BHTrans é que os motoristas parem o veículo imediatamente, para que a pessoa retorne para o seu lugar, ou que chame a Polícia Militar para retirada do passageiro. O motorista Gilberto Marques Neves, de 43, disse ter parado o ônibus ao perceber que torcedores atleticanos haviam subido no teto e que não percebeu o acidente quando seguia a viagem, por volta das 2h.
Gilberto conta que dirigia pela faixa da direita da Avenida Pedro II, sentido Centro. O ônibus estava lotado de torcedores atleticanos, que festejavam a vitória do time pela Copa do Brasil.
Gilberto conta que seguia para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), para socorrer a vítima, e ainda na Pedro II outros passageiros, bastante exaltados, começaram a arrancar as janelas de emergência. Um grupo pulou a roleta para obrigar o motorista a acelerar o veículo. Se sentindo ameaçado, Gilberto conta que parou em frente à 6ª Companhia da PM.
O comentário, segundo o motorista, foi que o estudante tinha a intenção de subir no teto, saindo pela janela, quando foi atingido na cabeça pela árvore. “Não percebi nada. Eu olhava pelo retrovisor interno para que os passageiros não subissem no teto”, disse Gilberto à PM. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que não constatou embriaguez, e foi liberado depois de prestar depoimento no Departamento de Trânsito (Detran), na capital. O corpo do estudante foi levado para o Instituto Médico Legal (INL) e liberado ontem à tarde para sepultamento.
Notícia
A família do estudante ficou sabendo da morte às 5h, segundo o tio, o pintor José Roberto Rômulo, de 53.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não prevê punição para surf rodoviário, segundo a BHTrans, mas considera transporte irregular a “brincadeira” que põe a vida em risco. Ainda de acordo com a empresa de transportes e trânsito, a prática é recorrente por não haver nenhuma penalidade para quem o pratica. Para a Polícia Civil, o motorista pode ser punido administrativamente em alguns casos. .