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Estado de Minas

Pediatras do Hospital Infantil João Paulo II fazem paralisação de 24h

Médicos pedem a contratação de mais profissionais, melhores condições de trabalho, salário diferenciado para plantões de fim de semana e equiparação do abono de urgência aos médicos do Hospital João XXIII


postado em 01/12/2014 11:30 / atualizado em 01/12/2014 12:23

Os pediatras do Hospital Infantil João Paulo II, na Alameda Ezequiel Dias, Região Central de Belo Horizonte, fazem uma paralisação desde as 7h desta segunda-feira e até as 7h de terça. Segundo o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), o objetivo é sensibilizar os gestores e a comunidade para a “situação de caos que vive o maior hospital infantil do estado”. Eles pedem a contratação de mais profissionais, melhores condições de trabalho, salário diferenciado para plantões de fim de semana e equiparação do abono de urgência aos médicos do Hospital João XXIII.

Até a manhã de terça-feira, serão mantidos apenas atendimentos de urgência e emergência. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que, por enquanto, a situação está sob controle. Por volta do meio dia, quatro médicos estavam disponíveis no hospital e uma criança era atendida a cada hora. Em relação às reivindicações, a Fhemig afirmou que foram realizados dois concursos para contratação de pediatras, um em 2009 e outro em 2012, mas que o país sofre com a carência de profissionais. Um processo seletivo também está em aberto, mas segundo a fundação, não há procura.

Além da paralisação, os médicos fazem uma panfletagem ao redor do hospital, para alertar a população sobre a situação. De acordo com o grupo, para atender à demanda diária que recorre ao João Paulo II seriam necessários, no mínimo, sete pediatras. Há dias em que a unidade funciona com apenas um especialista de plantão. Eles alegam um grande número de demissões por falta de condições de trabalho, má remuneração e sobrecarga de atendimentos.

Uma próxima assembleia foi marcada para quinta-feira, às 19h, para decidir os rumos do movimento. Caso as reivindicações não sejam atendidas, novas paralisações poderão ocorrer.


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