Jornal Estado de Minas

Delegado pede prisão preventiva para suspeitos de matar professor e veterinário em Nova Serrana

Polícia Civil aguarda autorização da justiça para encaminhar dupla ao presídio. Caso chocou moradores da cidade

A Polícia Civil de Nova Serrana, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, enviou nesta segunda-feira o pedido de prisão preventiva para os dois homens apontados como responsáveis pela morte de um professor e um veterinário na noite de sábado.

Segundo o delegado Irineu José Coelho Filho, assim que o juiz autorizar a prisão, José Maurício da Silva, 21 anos, e Francisco Alves da Silva, 19, serão encaminhados ao presídio municipal.

Um inquérito sobre o caso foi instaurado no início desta manhã. Os delegados informaram ainda que a suspeita era de que as vítimas conheciam os criminosos, pois não foram identificados sinais de arrombamento na residência. O crime chocou a cidade pela forma violenta em que o professor e o veterinário foram mortos.

“Eles confessaram o crime durante o depoimento hoje a tarde. Disseram ainda que tinham o costume de ir à casa das vítimas para frequentar festas e que ontem tomaram uísque e cerveja. Em determinado momento os autores se desentenderam com as vítimas e então começaram a brigar.
Os dois foram mortos com golpes de faca dentro da casa”, contou o delegado.

Hoje, a dupla foi presa pela Polícia Militar, após denúncias anônimas. Enquanto eram detidos, eles confessaram aos militares a autoria do crime. Segundo o delegado, possibilidade de latrocínio ainda não foi descartada, apesar de vários indícios de que a motivação tenha sido passional.

“Acredito que ainda hoje o juiz autorize a prisão da dupla. Posteriormente eles serão encaminhados para o presídio, onde vão aguardar a conclusão das investigações”, completou o delegado Irineu José.

O caso

Um vizinho ouviu gritos de socorro por volta das 21h30 e encontrou Cléber, ainda vivo, pedindo ajuda na varanda da casa. O professor foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Serrana e depois para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, mas não resistiu às facadas. Além de constatar o roubo de um Fiorino, a Polícia Militar informou que a casa estava revirada, havia móveis quebrados e sangue espalhado por paredes e pelo chão. Foi apreendida na varanda uma faca com lâmina de 22 centímetros suja de sangue, possivelmente uma das armas do crime. Renato, atingido por pelo menos 15 facadas na cabeça e tórax, estava sem vida, caído dentro do banheiro.

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